Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 07:13
A situação de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou novamente no radar do Judiciário. Nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal realiza uma perícia médica no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, que deverá embasar a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a necessidade, ou não, de um novo procedimento cirúrgico.>
A avaliação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes depois que a defesa de Bolsonaro solicitou autorização para uma intervenção considerada urgente no Hospital DF Star. Ao analisar o pedido, o magistrado apontou que os laudos anexados ao processo eram antigos e, por isso, determinou a realização de uma perícia oficial, conduzida por especialistas da PF.>
Dias antes, no domingo (14), Bolsonaro passou por exames de ultrassonografia na Superintendência da Polícia Federal, onde está detido. Os resultados indicaram a presença de duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram a realização de cirurgia, informação que foi posteriormente levada ao STF.>
Em despacho, Moraes ordenou o envio dos exames e relatórios médicos aos peritos, que ficaram responsáveis por analisar o quadro clínico do ex-presidente. A partir do parecer técnico, o ministro decidirá se autoriza ou não a realização do procedimento solicitado pela defesa.>
Bolsonaro enfrenta problemas de saúde recorrentes desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, passou por diversas cirurgias no intestino e apresenta crises frequentes de soluço, apontadas por médicos como possíveis reflexos das complicações abdominais. Entre as alternativas terapêuticas mencionadas estão cirurgias para correção de hérnias inguinais bilaterais e um bloqueio anestésico do nervo frênico.>
Apesar do pedido apresentado pelos advogados, o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, afirmou que o pai estava em boas condições durante uma visita recente. Segundo ele, Bolsonaro não apresentou crises de soluço e demonstrou estar mais animado.>
O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde 22 de novembro. Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão e, antes da detenção, cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto. A decisão sobre a eventual cirurgia agora depende exclusivamente do laudo pericial solicitado pelo Supremo.>