Perseguida há mais de 4 anos por ex-paciente, médica revela medo e alerta sobre exposição

A médica psiquiatra Laura Campos, de 34 anos, que atua em Brasília (DF), fez uma alerta está semana nas redes sociais sobre perseguição ou 'stalking'. A profissional da saúde tornou público o que vem sofrendo desde 2021, quando um ex-paciente passou a perseguí-la nas redes sociais e depois presencialmente, em seu consultório.

O desabafo foi publicado no Instagram e acumula mais de 1 milhão de visualizações. A médica diz que “perdeu esperança na justiça”, e informa que já acionou a justiça, mas sem nenhuma solução. No vídeo a médica conta como iniciou a perseguição e como o homem agia.

“Tudo começou no Instagram, ele enviava mensagens normal para o direct, eram mensagens normais de um seguidor e não maldei. Um belo dia ele me mandou uma pergunta: Doutora, por que na primeira consulta você quase me bateu e na segunda você foi cordial? Aquilo me chamou atenção e respondi: Desculpe por você ter sentido assim. Enfim passou alguns dias e ele passou outra mensagem: Minha mãe, quando criança, me chamava de ‘malovido’, ela dizia para eu não fazer e aí que eu fazia mesmo. Marque a minha consulta, doutora”, detalhou a médica.

De acordo com a vítima, após a mensagem enviada, ela ignorou. Após alguns dias, ele novamente mandou mensagem pela rede social, mas dessa vez com tom inadequado: “Doutora, não precisa ter medo de mim, só estou usando das suas fraquezas para chamar a sua atenção”. Após essa mensagem, a médica bloqueou o homem. Mas Laura foi surpreendida no dia 17 de maio, quando ele toca a campainha e diz que levou presentes.

“Era uma segunda-feira dia 17 de maio, toca a campanha, um rapaz de boné com uma bolsa, uma mochila, e eu achei que estava agendado com a minha amiga, a psicóloga. Eu atendi. “Oi você tá agendado com a minha colega? Não, não estou agendado com ninguém. Eu sou o fulano de tal, o rapaz que você bloqueou no Instagram há um mês atrás”, narrou a médica.

Ao ser questionado, o homem falou que teria levado presentes. A médica fez um alerta e disse que já acionou todas as prerrogativas legais e medidas de segurança, mas nenhuma e surtiu efeito. Laura Campos informa que o agressor foi considerado inimputável pela Justiça e, por isso, não pode ser preso. O homem já foi internado duas vezes.