Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 10:14
A partir desta segunda-feira (15), unidades do Sistema Petrobras passam a conviver com uma paralisação nacional por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelos trabalhadores após a categoria avaliar como insuficiente a contraproposta apresentada pela companhia no âmbito das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).>
De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), a greve é resultado de um processo amplo de debates e deliberações em assembleias realizadas ao longo dos últimos dias. Na base representada pelo sindicato, mais de 96% dos votos foram favoráveis à deflagração do movimento.>
Entre as principais reivindicações estão a defesa de um ACT considerado compatível com o porte da Petrobras, a cobrança por uma distribuição mais justa da riqueza gerada pela empresa e o fim dos equacionamentos dos Planos de Equacionamentos de Déficit (PEDs) da Petros, fundo de previdência dos trabalhadores. A categoria também aponta o reconhecimento da pauta denominada “Brasil Soberano” como um dos eixos centrais da mobilização.
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Na noite de domingo (14), dirigentes sindicais de diferentes regiões do país se reuniram para alinhar estratégias e garantir que a paralisação ocorra coordenadamente ao nível nacional. Segundo o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, a unificação do movimento é essencial para pressionar a empresa a rever sua posição.>
Para o dirigente, a greve é uma resposta direta ao que os trabalhadores classificam como ataques durante a campanha reivindicatória. “Se a empresa não recuar, não apresentar uma solução para os PEDs e não avançar em um acordo coletivo à altura da Petrobras, a categoria vai responder com mobilização”, afirmou.>
A paralisação segue sem prazo definido para terminar e deve impactar diferentes áreas da companhia enquanto as negociações permanecem sem consenso.>