Publicado em 1 de agosto de 2025 às 08:21
A partir desta sexta-feira (1), operadoras de planos de saúde começam a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A mudança faz parte do programa 'Agora tem Especialistas', pensado para diminuir as filas de espera por consultas com especialidades médicas, como oncologia e ginecologia.
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O atendimento será focado em seis especialidades com grande demanda e filas longas na rede pública:>
• Oncologia (tratamento de câncer)>
• Oftalmologia (visão)>
• Ortopedia (ossos e articulações)>
• Otorrinolaringologia (ouvido, nariz e garganta)>
• Cardiologia (coração)>
• Ginecologia (saúde da mulher)>
Essas áreas foram escolhidas por serem as que mais acumulam pacientes aguardando procedimentos no SUS.>
Os pacientes não poderão agendar diretamente os atendimentos. Quem organiza as filas continua sendo o SUS, por meio das secretarias de saúde dos estados e municípios. Esses órgãos vão definir quem precisa de atendimento prioritário e encaminhar os pacientes para hospitais e clínicas privadas que estiverem no programa.>
A gratuidade será mantida, como em qualquer serviço do SUS.>
As operadoras não vão receber dinheiro diretamente por cada atendimento. Em vez disso, elas ganharão “créditos” que serão usados para abater as dívidas que têm com o governo. Mas esses créditos só serão liberados após a entrega de “combos de cuidado”, ou seja, pacotes completos de atendimento que incluem consulta, exames e, se necessário, cirurgia.>
Todos os atendimentos realizados serão registrados em uma plataforma digital integrada ao aplicativo Meu SUS Digital. Isso vai facilitar o acompanhamento dos pacientes e garantir que todas as etapas do tratamento sejam cumpridas corretamente.>
Quem pode participar do programa?>
Só poderão aderir ao programa os planos de saúde que comprovarem capacidade de realizar pelo menos 100 mil atendimentos por mês. Esse número pode ser reduzido para 50 mil, em regiões onde há menos cobertura médica. Para participar, as operadoras precisam se cadastrar em um edital da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).>
O Ministério da Saúde informou que o impacto do programa será avaliado de forma contínua. O sucesso da medida dependerá do bom funcionamento do SUS Digital, da adesão das operadoras e da capacidade dos municípios em organizar os atendimentos.>
Com informações do Metrópoles>