PM do DF retoma licitação para câmeras corporais com custo estimado de R$ 15,7 milhões

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu novo passo para implementar o uso de câmeras corporais em suas operações. A corporação reabriu o processo licitatório para contratar a empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos, em um certame que teve o aviso publicado no Diário Oficial do DF nesta quarta-feira (24). O valor estimado da contratação é de R$ 15,7 milhões, montante inferior ao previsto em tentativas anteriores.

O procedimento ocorre após uma série de interrupções. O pregão eletrônico havia sido suspenso ainda em 2023, retomado em junho deste ano e, posteriormente, cancelado novamente por determinação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Com as adequações exigidas, a PMDF optou pelo modelo de registro de preços, no qual vence a proposta de menor valor global.

As empresas interessadas poderão apresentar propostas até as 14h do dia 15 de janeiro de 2026. A vencedora ficará responsável por oferecer uma solução completa de captação audiovisual, incluindo câmeras corporais portáteis, suportes para uso no fardamento e licenças de software sem limitação de usuários.

Além dos equipamentos, o contrato prevê a disponibilização de infraestrutura tecnológica necessária para o funcionamento do sistema. Isso inclui banda de internet suficiente para o envio dos arquivos gerados em serviço e o fornecimento do software que gerencia o Sistema de Controle e Gestão de Evidências (SCGE), utilizado para armazenamento e organização das imagens.

A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Habka, afirmou que a corporação conta com recursos repassados pelo governo federal para viabilizar a aquisição das câmeras. Segundo ela, o edital precisou passar por ajustes técnicos e administrativos para atender às exigências da União e dos órgãos de fiscalização.

De acordo com a comandante, os policiais que utilizarem as câmeras corporais deverão seguir normas específicas da PMDF e passar por treinamento antes do início da operação dos equipamentos. A expectativa é que a adoção da tecnologia contribua para maior transparência nas ações policiais e para a produção de provas em ocorrências atendidas pela corporação.