Polícia frustra plano de ataque a bomba no show de Lady Gaga no Rio e prende suspeito

Operação identificou grupo que pregava discurso de ódio e planejava atentado com explosivos durante apresentação em Copacabana; um homem foi preso e um adolescente apreendido.

Publicado em 4 de maio de 2025 às 08:51

Ataque a bomba foi planejado para acontecer durante o show - 
Ataque a bomba foi planejado para acontecer durante o show -  Crédito: Marcelo Piu/Riotur

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, desarticulou neste sábado (3) um plano de ataque a bomba no show de Lady Gaga, realizado na Praia de Copacabana, na capital fluminense. A ação resultou na prisão de um suspeito no Rio Grande do Sul e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro.

A "Operação Fake Monster" foi deflagrada após investigações apontarem que um grupo promovia discurso de ódio, radicalização de jovens e ameaças contra o público LGBTQIA+, crianças e adolescentes. O ataque seria parte de um “desafio coletivo” nas redes sociais, com o objetivo de alcançar notoriedade por meio da violência.

Segundo as autoridades, os envolvidos articulavam ataques coordenados com explosivos improvisados e coquetéis molotov. O homem apontado como líder do grupo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul, enquanto o adolescente apreendido no Rio estava em posse de material de pornografia infantil.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove alvos nos seguintes municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (RJ); Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT).

Nos locais vistoriados, os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos e outros materiais, que agora passarão por análise. A polícia identificou que os alvos atuavam em plataformas digitais, incentivando crimes de ódio, automutilação, pedofilia e desafios violentos como forma de pertencimento entre adolescentes.

Participaram da operação agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 19ª DP (Tijuca) e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).