Polícia prende 'Bonde dos Galãs', quadrilha que atraía gays por apps para assaltos no DF

Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas registraram boletins de ocorrência

Publicado em 3 de julho de 2025 às 11:34

Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas registraram boletins de ocorrência
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas registraram boletins de ocorrência Crédito: Reprodução 

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dia 17 de junho, dez integrantes de uma quadrilha conhecida como “Bonde dos Galãs”, acusada de atrair homens gays por meio de aplicativos de relacionamento para cometer roubos e extorsões.

Segundo as investigações da 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia Norte, os criminosos utilizavam plataformas como o Grindr para marcar encontros com as vítimas em locais isolados e com pouca iluminação, principalmente nas quadras 423 e 425 de Samambaia. Ao chegarem ao local, os homens eram surpreendidos por dois ou três assaltantes armados, que os ameaçavam, agrediam e os forçavam a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias.

Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas registraram boletins de ocorrência. A polícia, no entanto, acredita que o número real de casos seja maior, já que muitos homens evitam procurar as autoridades por medo de exposição ou constrangimento.

Os crimes ocorreram em diferentes regiões do Distrito Federal, incluindo Cruzeiro, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia, Lago Sul e Recanto das Emas.

Foram presos oito homens: Yago Daniel Pereira Alves, Geovane Ferreira Carvalho, Wellington Santos, Tiago Felipe Araújo da Rocha Silva, Mathaus Lopes Santana Sérgio, Lucas Emerson de Matos Feitosa, Levy Heberth da Silva e Isaias Carvalho Correia de Araújo, e duas mulheres: Maria Victoria Kelly da Silva e Jenyfer Ingrid de Almeida Araújo.

O grupo vai responder por organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, crimes cometidos com uso de arma de fogo e mediante restrição de liberdade das vítimas.

As investigações seguem em andamento para identificar possíveis novos casos e outras pessoas envolvidas na quadrilha.