Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 09:35
Um episódio de violência em uma sala de aula em Pedra Azul, no nordeste de Minas Gerais, provocou indignação na cidade e abriu uma investigação administrativa contra uma professora de apoio da rede municipal. As imagens, registradas no mês de novembro e divulgadas nas redes sociais nesta semana, mostram a servidora gritando, segurando com força e balançando uma aluna de 6 anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).>
O vídeo, gravado por um aluno, revela um ambiente de tensão: a educadora aparece sentada ao lado da criança e, em meio aos gritos, movimenta a menina com brusquidão. Em seguida, vira-se para a turma, coloca uma mochila no chão e passa a ameaçar outros estudantes. Nenhum deles reage. A sala permanece em silêncio enquanto a professora continua exaltada.>
Frases ditas pela servidora, como “ninguém mais resolve a sua vida”, “a partir de segunda-feira você não vem mais à escola” e “quem é o próximo?”, ampliaram a revolta de familiares e moradores que acompanharam a repercussão online. A gravação termina com a educadora ainda ao lado da vítima, enquanto a turma permanece visivelmente intimidada.>
Servidora está afastada e responde a processo disciplinar>
Segundo a prefeitura, o caso foi comunicado oficialmente no início de novembro. No mesmo dia, a administração municipal afastou preventivamente a professora e instaurou um Processo Administrativo Disciplinar Sumário para apurar a conduta. A gestão afirma que acompanha a família e o bem-estar da criança é prioridade durante todo o procedimento.>
A vítima, uma aluna de 6 anos que recebe acompanhamento especializado devido ao TEA, continua sob cuidados da rede municipal, segundo comunicado oficial.>
Prefeitura repudia agressão e reforça compromisso com educação inclusiva>
Em nota, a administração municipal classificou o episódio como incompatível com a função docente e declarou repudiar qualquer forma de violência contra crianças. O texto ressalta que a apuração seguirá as etapas previstas em lei, garantindo tanto a ampla defesa da servidora quanto a proteção integral da criança envolvida.>
A gestão também reforçou o compromisso com práticas de educação inclusiva, destacando que ambientes escolares devem ser seguros, acolhedores e preparados para receber alunos com necessidades específicas.>