Publicado em 15 de junho de 2025 às 21:39
O conflito militar direto entre Israel e Irã, iniciado na última quinta-feira (12), com trocas de bombardeios intensos entre os países, elevou o medo do início de uma guerra nuclear.
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Israel possui um arsenal de bombas atômicas estimado em 90 ogivas e alega que o Irã pode ter produzido pelo menos nove bombas atômicas. Em meio à instabilidade no Oriente Médio, cresce a dúvida sobre os impactos bélicos do conflito em outras regiões, caso estourem as bombas.
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Impacto direto no Brasil? Improvável
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O Brasil está muito longe fisicamente do Oriente Médio e não é alvo militar ou estratégico nessa disputa. Então, um ataque nuclear direto ao Brasil é praticamente impossível nesse contexto.>
Crise econômica global>
• Alta nos combustíveis: Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Qualquer conflito grave pode fazer o preço do barril disparar, o que afeta diretamente o preço da gasolina, diesel e transporte no Brasil.>
• Inflação e dólar em alta: O medo de guerra nuclear gera instabilidade nos mercados. Isso costuma fazer o dólar subir, o que encarece tudo o que o Brasil importa — de alimentos a eletrônicos.>
• Desaceleração econômica global: Com países focados em guerra e instabilidade, o comércio mundial diminui. O Brasil, que depende de exportações de commodities (soja, carne, minério), pode ser prejudicado.>
Risco ambiental (em menor escala)>
• Uma explosão nuclear pode liberar radiação na atmosfera. Se for em larga escala (guerra total), há risco de contaminação atmosférica global, como aconteceu em Chernobyl, mas em proporção muito maior.>
• No entanto, uma ou poucas bombas nucleares têm impacto ambiental mais regionalizado, então o Brasil não sofreria radiação direta, a menos que ocorra um conflito nuclear em grande escala.>
Refugiados e crise humanitária>
• Se o conflito escalar, pode haver ondas de refugiados, principalmente para a Europa.>
• O Brasil pode ser chamado a ajudar com acolhimento humanitário, principalmente se o Conselho de Segurança da ONU agir.>
Posicionamento diplomático>
• O Brasil terá de se posicionar politicamente. Dependendo de sua postura, pode ganhar ou perder espaço no cenário internacional.>
• O Itamaraty costuma adotar neutralidade ativa, defendendo diálogo e diplomacia.>
• O maior perigo global é se o conflito virar guerra nuclear em cadeia, o que todos os países, inclusive potências, querem evitar ao máximo.>
Com informações do Metrópoles e CNN >