Senado instala CPI para investigar o crime organizado, facções e milícias no Brasil

Comissão terá 120 dias para apurar o crescimento das organizações criminosas após megaoperação no Rio de Janeiro

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 11:58

Comissão terá 120 dias para apurar o crescimento das organizações criminosas após megaoperação no Rio de Janeiro
Comissão terá 120 dias para apurar o crescimento das organizações criminosas após megaoperação no Rio de Janeiro Crédito: Reprodução

O Senado Federal instalou, nesta terça-feira (4), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o avanço do crime organizado, facções e milícias em todo o Brasil. A comissão, criada a partir de uma proposta do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), terá 120 dias para apurar as causas e consequências do crescimento dessas organizações criminosas, com foco nas recentes operações policiais e no cenário de violência no país.

A instalação da CPI acontece uma semana após a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas. O senador Vieira afirmou que o crime organizado tem crescido devido ao "abandono do poder público" e destacou a urgência da investigação. "Essa tragédia tem solução. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional", declarou.

Onze senadores vão integrar a comissão, e a definição dos cargos de presidente, vice e relator ocorrerá durante a primeira reunião. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a oposição bolsonarista disputam o controle da comissão, com nomes como Fabiano Contarato (PT-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sendo cotados para a presidência.

O senador Alessandro Vieira, que deve assumir a relatoria, afirmou que seu trabalho será técnico e isento de discussões eleitoreiras, e que buscará ouvir governadores e secretários de segurança pública dos estados mais afetados pela violência, como Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.