Publicado em 16 de maio de 2025 às 10:31
O cruzamento de dados da "Operação Sem Desconto" com nomeações de diretores de Benefícios no Instituto Nacional do Seguro Social (setor responsável pelas assinaturas de convênios) e valores descontados pelas entidades mostra como os governos de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) tiveram papéis complementares na “fraude do INSS”.>
A análise dos dados detalha como se deu esse movimento das entidades em busca dos convênios do INSS e como entidades criadas durante o governo de Jair Bolsonaro fizeram o número dos descontos aumentar exponencialmente já sob o governo Lula.>
A análise foi diante de entidades que firmaram convênios nas administrações de Jair Bolsonaro e Lula. Grandes entidades, como a Contag, o Sindnapi e o Conafer, embora na mira das autoridades e com descontos bilionários, não foram levadas em conta porque tiveram seus convênios firmados antes de 2019.>
Sob ambos os presidentes, houve forte aumento no número de associações agraciadas com acordos que lhes permitiram efetuar descontos de aposentados.>
Ao todo, 30 entidades foram contempladas com convênios durante os dois governos: 12 sob Bolsonaro, que resultaram em descontos de R$ 2,1 bilhões; e 18 durante a gestão de Lula, com impacto bem menor, R$ 235 milhões. A investigação aponta que muitas dessas associações sequer possuíam estrutura para prestar os serviços prometidos e, em alguns casos, repassaram recursos a operadores investigados por suspeita de corrupção.
Com informações do Metrópoles>