Publicado em 6 de agosto de 2025 às 11:30
As relações militares entre Brasil e Estados Unidos enfrentam seu momento mais delicado em décadas. O Departamento de Defesa norte-americano suspendeu, de forma repentina, todas as agendas previstas com integrantes das Forças Armadas brasileiras, gerando forte reação entre oficiais de alta patente.
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A decisão, que não foi anunciada publicamente, representa um congelamento inédito da cooperação militar bilateral desde o processo de redemocratização brasileira. Segundo fontes em Brasília e em Washington, o gesto reflete o incômodo dos EUA com o reposicionamento diplomático do governo brasileiro, que vem adotando uma linha mais alinhada a países como China, Rússia e Irã.>
A interrupção impacta diretamente programas estratégicos, como intercâmbios de formação, treinamentos conjuntos, troca de informações de inteligência e até negociações para aquisição de tecnologia militar. Militares da ativa consideraram o ato “sem precedentes” e veem na suspensão um sinal claro de desconfiança por parte do Pentágono.>
Entre os generais e comandantes brasileiros, o clima é de alerta. A preocupação maior gira em torno da perda de acesso às estruturas de capacitação norte-americanas, fundamentais para o preparo técnico de tropas e o intercâmbio de informações sensíveis.>
O episódio ocorre em um momento de reconfiguração da política externa brasileira, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçando laços com potências não ocidentais e adotando posições independentes em temas internacionais, como os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.>
Nos bastidores do Palácio do Planalto, a ordem é evitar o agravamento da crise. Itamaraty e Ministério da Defesa trabalham em conjunto para tentar restabelecer os canais de diálogo com o governo americano, embora fontes ligadas ao Pentágono indiquem que o campo militar não será mais tratado de forma isolada das escolhas diplomáticas do Brasil.>
Com informações de CNN e O Estadão >