Publicado em 26 de novembro de 2025 às 19:02
O Ministério do Meio Ambiente confirmou, nesta terça-feira (25/11), que as 11 últimas ararinhas-azuis que viviam soltas na zona rural de Curaçá, no sertão da Bahia, estão infectadas por circovírus, agente considerado altamente letal para aves. O diagnóstico foi obtido após exames realizados nos animais, todos recapturados ao longo de novembro como parte de uma operação emergencial.>
Coordenadora da ação sanitária e analista do ICMBio, Claudia Sacramento afirmou que, apesar do impacto do surto, o Brasil não pretende suspender o projeto de reintrodução da espécie, considerada uma das mais raras do planeta e endêmica da caatinga. “O compromisso permanece. Vamos continuar trabalhando para que a ararinha-azul tenha condições de retornar à natureza”, reforçou.>
A origem da contaminação ainda é motivo de debate. A BlueSky, empresa que administra o criadouro da espécie no estado, sustenta que as ararinhas foram infectadas por aves silvestres locais. Já especialistas contestam essa hipótese e ressaltam que o circovírus é registrado originalmente na Austrália e, até então, não havia sido identificado em populações brasileiras vivendo em ambiente natural.>
Oficialmente declarada extinta na natureza, a ararinha-azul começou a voltar ao território brasileiro em 2020, quando teve início um programa de reintrodução fruto de parceria entre o governo federal e a ONG alemã ACTP, que chegou a manter sob sua guarda 90% dos indivíduos da espécie existentes no mundo.>
Fonte: Metrópoles>