Publicado em 7 de agosto de 2025 às 10:44
Momentos de tensão marcaram um voo que partiu de São Paulo com destino a Amsterdã, na quinta-feira (7), após um carregador portátil de celular pegar fogo em pleno ar. O incidente ocorreu quando a aeronave já sobrevoava o oceano Atlântico, a cerca de quatro horas da chegada ao destino.>
A jornalista brasileira Simone Malagoli, que estava entre os passageiros, relatou a experiência traumática por meio de suas redes sociais. “Talvez tenha sido o voo mais tenso da minha vida”, escreveu. Segundo ela, o fogo começou enquanto a maioria dos passageiros dormia, e a fumaça densa rapidamente se espalhou pela cabine.>
Em vídeos publicados pela jornalista, é possível ver uma comissária de bordo correndo pelo corredor com um extintor de incêndio nas mãos e um pano cobrindo a cabeça. Passageiros aparecem cobrindo os rostos, tentando evitar a inalação da fumaça tóxica.>
“De repente, ouvi barulhos e vi uma correria. Quando olhei para o lado, o corredor estava tomado por uma nuvem de fumaça espessa”, contou Simone. O susto generalizado fez alguns passageiros gritarem, com receio de que o fogo tivesse se iniciado no motor ou em algum compartimento inferior da aeronave.>
Power bank foi a causa do incêndio>
A origem do incêndio foi identificada momentos depois: tratava-se de um power bank, uma bateria portátil que estava guardada na mochila de um passageiro adormecido. Inicialmente, muitos pensaram que o cheiro forte vinha de alimentos ou equipamentos de serviço de bordo. Só após o início das chamas é que se percebeu a gravidade da situação.>
A tripulação agiu com rapidez e utilizou extintores para conter o fogo, mas o processo levou alguns minutos e a fumaça persistente causou desconforto e apreensão. Segundo Simone, ao desembarcarem em solo alemão — onde o avião fez escala —, os passageiros foram recebidos por equipes médicas, que avaliaram possíveis efeitos da inalação de substâncias tóxicas.>
Alerta para dispositivos eletrônicos>
Apesar de já ter viajado inúmeras vezes, Simone classificou o episódio como um dos mais assustadores que já viveu. Ela também fez um alerta sobre os riscos de transportar baterias de lítio em aviões, especialmente em bagagens despachadas.>
“Imagina se isso acontece com uma mala no porão. Quem ia conseguir apagar o fogo lá embaixo?”, questionou.>
O incidente reforça a importância das normas de segurança da aviação quanto ao transporte de dispositivos eletrônicos, principalmente os que utilizam baterias recarregáveis, como celulares, notebooks e carregadores portáteis. Esses itens, por padrão, devem ser transportados sempre na bagagem de mão, sob vigilância direta.
Com informações do Metrópoles>