Vídeo: juíza dá risada com preso ao reconhecê-lo em audiência: 'Você aqui de novo?’

O vídeo foi divulgado nas redes sociais por uma capitã da Polícia Militar que questionou a firmeza da justiça.

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 20:26

Juíza dá risada com preso ao reconhecê-lo em audiência: 'Você aqui de novo?’
Juíza dá risada com preso ao reconhecê-lo em audiência: 'Você aqui de novo?’ Crédito: Reprodução

Uma audiência de custódia do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), viralizou e causou polêmica nas redes sociais após uma juíza dar risada ao reconhecer um dos investigados.

'Você aqui de novo?', diz a magistrada Mônica Miranda de forma descontraída ao iniciar a sessão. A juíza da comarca de Inhumas, aparece na video interagindo de maneira informal com Kaique Carlos Ribeiro, que responde por porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com o TJ-GO, o jovem tem duas passagens criminais por homicídio, além de uma por tráfico de drogas.

Durante a sessão que ocorreu no mês de maio, a magistrada reconheceu o jovem e brincou: "Você aqui de novo?". E continuou: "Estou vendo aqui, Kaique. Você de novo? Ê, menino! Se você fosse meu filho? Me ajuda a te ajudar".

O vídeo foi divulgado nas redes sociais pela capitã Waleska Faria da Polícia Militar na última segunda-feira (8). Na publicação ela questiona a firmeza da justiça.

“A Polícia Militar cumpre sua missão todos os dias, prende, arrisca a própria vida para proteger a sociedade. Mas não se trata apenas do tratamento em uma audiência, e sim da forma como as leis e o Judiciário têm punido os agressores, muitas vezes transmitindo à sociedade a sensação de que o crime compensa. Quando o sistema não responde com firmeza, a impressão que fica é de impunidade — e quem sofre é sempre o cidadão de bem”, afirma a capitã. .

Em nota, o Tribunal de Justiça diz que não comenta manifestações de magistrados em processos específicos. E ressalta que "as audiências de custódia não têm por objetivo julgar o mérito da acusação. Sua finalidade é verificar a legalidade da prisão, avaliar eventuais ocorrências de maus-tratos ou tortura e assegurar o respeito aos direitos previstos na legislação".