Vítima de agressão por ex presta depoimento por escrito após ter rosto desfigurado

Com mais de 60 socos no rosto, mulher sofreu fraturas graves e será submetida a cirurgia.

Publicado em 29 de julho de 2025 às 14:23

Vítima de agressão por ex presta depoimento por escrito após ter rosto desfigurado
Vítima de agressão por ex presta depoimento por escrito após ter rosto desfigurado Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A mulher brutalmente agredida pelo ex-jogador de basquete Igor Cabral, no sábado (26), em Natal–RN, prestou depoimento por escrito à polícia devido à gravidade das lesões. A vítima, que sofreu múltiplos ferimentos no rosto e fraturas na mandíbula, teve o rosto desfigurado após levar mais de 60 socos dentro do elevador de um condomínio na praia de Ponta Negra. Ela deve passar por cirurgia nos próximos dias.

O crime foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver a discussão entre os dois momentos antes de a porta do elevador se fechar. Logo em seguida, Igor inicia uma sequência de socos violentos contra a vítima, sem qualquer chance de defesa. Um segurança do prédio, ao acompanhar as imagens em tempo real, acionou imediatamente a Polícia Militar, que efetuou a prisão em flagrante do agressor.

Igor passou por audiência de custódia no mesmo dia e teve a prisão preventiva decretada. Ele responderá por tentativa de feminicídio. Durante o depoimento, o ex-atleta afirmou ter tido um “surto claustrofóbico”, mas admitiu que o ataque foi motivado por ciúmes. A justificativa não convenceu as autoridades, que veem no episódio um caso claro de violência doméstica.

Além da atual vítima, o histórico de comportamento violento de Igor Cabral está sendo investigado. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o ex-jogador trocando socos com outro homem em via pública, o que reforça, segundo a polícia, um padrão de agressividade e impulsividade. A testemunha que denunciou o caso, amiga da vítima, preferiu não se identificar, mas confirmou que Igor já havia demonstrado comportamentos violentos anteriormente.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte segue com a investigação e busca identificar possíveis outras vítimas. O caso reacende o alerta sobre a importância da denúncia e da vigilância em ambientes privados como condomínios, onde muitos episódios de violência permanecem invisíveis.