Publicado em 22 de outubro de 2025 às 17:48
Graças aos avanços da nutrição animal e da medicina veterinária, cães e gatos estão vivendo mais — e, com isso, cresce a atenção com a saúde dos pets idosos. O relógio biológico, no entanto, não é igual para todos: raças de grande porte já podem ser consideradas idosas a partir dos 5 a 8 anos, enquanto as de pequeno porte entram na fase sênior em torno dos 10 anos. >
Assim como nos humanos, o envelhecimento pode trazer desafios importantes, como a perda de massa muscular, o declínio cognitivo e as doenças articulares. Nesse cenário, além do cuidado com a alimentação, a suplementação tem ganhado papel cada vez mais relevante para manter qualidade de vida. >
Conforme a veterinária Dra. Adriana Dausen Meyer, head de pesquisa e inovação da Organnact, um alimento completo e balanceado já supre as necessidades de cães e gatos saudáveis. Porém, em fases ou condições especiais, a dieta sozinha pode não contemplar todas as demandas, sendo necessária a suplementação. “O ponto-chave é individualizar: definir objetivo, dose e tempo de uso, sempre com acompanhamento profissional e reavaliações periódicas”, orienta. >
A seguir, a especialista destaca 3 benefícios da suplementação para animais idosos! >
Para a saúde cerebral, há boas evidências científicas do uso de ômega 3 de cadeia longa, especialmente DHA e EPA, além dos triglicerídeos de cadeia média (MCTs). Esses nutrientes ajudam a preservar a função cognitiva em cães idosos, colaborando para a redução de sinais como desorientação e alterações de comportamento. >
Segundo a Dra. Adriana Dausen Meyer, dietas enriquecidas com MCTs (Triglicerídeos de Cadeia Média) e blends antioxidantes — como vitamina E, vitaminas do complexo B, selênio e arginina — contribuem para a melhora dos sinais clínicos e do desempenho em testes cognitivos. >
A sarcopenia, perda de massa magra associada à idade, é uma condição comum em pets idosos. O pilar fundamental é a ingestão adequada de proteínas, associada à prática de exercícios e ao monitoramento do muscle condition score (MCS), ferramenta validada na medicina veterinária. A suplementação de aminoácidos pode colaborar na manutenção da massa muscular e contribuir para a vitalidade nessa fase da vida. >
A osteoartrite é uma das doenças mais frequentes em cães idosos e afeta diretamente a mobilidade e o bem-estar. Os ácidos graxos ômega 3 apresentam evidências consistentes de melhora funcional em cães com o problema. Além disso, ingredientes como glicosamina, condroitina, cúrcuma e yucca ajudam nas condições articulares, trazendo mais conforto e qualidade de vida aos animais. >
Apesar dos benefícios, a especialista reforça que a suplementação nunca deve substituir uma dieta completa e balanceada. Ela tem papel complementar, voltado a metas específicas — como cognição, suporte articular, convalescença, alta atividade ou correções em dietas caseiras —, sempre com objetivo claro, dose definida e acompanhamento do médico-veterinário. >
“A base é o alimento completo adequado à fase de vida e condição clínica; a suplementação entra quando há uma necessidade adicional bem identificada”, destaca a Dra. Adriana Dausen Meyer. >
Ao notar perda de massa muscular, cansaço, rigidez ao levantar, mudanças comportamentais ou alterações na pele e nas fezes, é essencial procurar avaliação profissional. Nem sempre há sinais visíveis, por isso a indicação é sempre clínica e deve ser feita pelo médico-veterinário. >
Com pets cada vez mais reconhecidos como membros da família, cresce também a busca por prevenção e soluções específicas para a terceira idade. “Hoje já vemos de forma mais consistente rotinas preventivas fortalecidas, nutrição ajustada à fase de vida, foco em mobilidade e dor crônica, além de maior atenção à cognição. Esse olhar individualizado e cuidadoso é o que garante que nossos pets cheguem à velhice com mais saúde, vitalidade e bem-estar”, conclui a pesquisadora. >
Por Gabriel Santos da Silva >