Publicado em 4 de setembro de 2024 às 13:24
A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), deu detalhes de como é feita a corda utilizada no Círio e na Trasladação, que até 2022, era feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente, e era produzida em Santa Catarina. Nesta nova proposta da Castanhal Companhia Têxtil (CTC), que pelo segundo ano consecutivo faz a doação da corda, produzida por uma composição de fibras de malva, em sua maioria, e juta, todas elas, plantadas e cultivadas na região Amazônica. Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de juta.
Quanto ao seu processo de transformação em fios, são muitos os estágios de fabricação, desde a colheita, realizada por diversas comunidades que fornecem o material à CTC, até a produção final. Ao final, a corda tem 800 metros de comprimento com partes de 400 metros, para cada romaria, e tem 60 milímetros de diâmetro. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.