Alerta de irregularidades fiscais põe em xeque recuperação judicial do Grupo BBF

Procuradoria cobra mais de R$ 163 milhões em dívidas e diz que empresa não pode avançar no processo sem quitar tributos e FGTS

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 15:05

Grupo BBF. Crédito: Divulgação

A recuperação judicial do Grupo BBF (Brasil BioFuels), vista como uma chance de reestruturação e de manutenção de empregos, enfrenta um novo impasse.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) comunicou à 12ª Vara Cível e Empresarial que a companhia ainda acumula débitos expressivos com a União, mais de R$ 163,6 milhões já inscritos em dívida ativa, além de pendências tributárias e valores de FGTS não recolhidos.

Segundo o órgão, a continuidade do processo depende do cumprimento das obrigações fiscais e trabalhistas. A PGFN reforça que a regularidade com o fisco é uma condição indispensável para que o pedido de recuperação siga adiante, lembrando que esses recursos financiam políticas públicas e garantem direitos dos empregados.

Juristas especializados em direito empresarial destacam que a recuperação judicial tem como objetivo viabilizar empresas economicamente sustentáveis, e não proteger gestores que acumulam dívidas sem perspectiva de adimplência.

Permitir a homologação de um plano nessas condições, afirmam, colocaria em risco a credibilidade do sistema e a confiança de credores e trabalhadores.