Após saída polêmica, Dom Azcona retorna ao Marajó; entenda

Quase duas semanas após ser obrigado pelo Vaticano a deixar o Marajó, o Bispo Emérito, Dom José Luis Azcona Hermoso, foi informado na última terça-feira, 26, que poderá continuar morando na região, que compõe o território da Prelazia. O administrador diocesano da Prelazia do Marajó, padre Casimiro Skorski, informou...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 13:36

Quase duas semanas após ser obrigado pelo Vaticano a deixar o Marajó, o Bispo Emérito, Dom José Luis Azcona Hermoso, foi informado na última terça-feira, 26, que poderá continuar morando na região, que compõe o território da Prelazia.

O administrador diocesano da Prelazia do Marajó, padre Casimiro Skorski, informou que o bispo Dom José Ionilton recebeu uma carta da Nunciatura Apostólica no Brasil, que comunicava a nova decisão, de que Dom Azcona não precisará 'transferir-se da residência na qual vive atualmente'.

'Hoje, dia 26 de dezembro de 2023, fui informado por Dom José Ionilton, bispo nomeado da Prelazia do Marajó, que a Nunciatura Apostólica enviou uma carta para ele, comunicando que Dom José Luís Azcona, nosso bispo emérito, não precisa mais ‘transferir-se da residência na qual vive atualmente', informou Skorski.



O comunicado dizia ainda que aposse de Dom Ionilton, que estava marcada para 13 de janeiro deverá ser adiada. 'Também o Dicasterio dos Bispos sugere que a data da posse canônica seja adiada e que a nova data seja marcada com o Núncio Apostólico', completou.

No início de dezembro, a prelazia havia informado que dom Azcona seria obrigado a deixar a ilha até janeiro por determinação transmitida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro.

Logo em seguida, ocorreram várias manifestações populares em defesa da permanência do bispo emérito do Marajó, Dom José Luis Azcona Hermoso no Marajó.

Dom José Luís Azcona é um religioso espanhol da Ordem dos Agostinianos Recoletos. Foi bispo da prelazia do Marajó de 1987 a 2016. Mesmo após sua renúncia, continuou morando na ilha.

Em 2009, dom Azcona denunciou casos de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes no Marajó por políticos e empresários locais. A denúncia deu origem à CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará e no Congresso Nacional.