Após um mês do desabamento de sacadas de prédio em Belém, laudo não foi finalizado e moradores continuam sem respostas

O desabamento de 13 sacadas do edifício Cristo Rei, no bairro da Cremação, em Belém, completou um mês nesta terça-feira, 13. Ainda sem laudo e sem previsão de retorno aos apartamentos, os moradores do prédio continuam sem respostas concretas. Moradores do Cristo Rei informaram que todos os condôminos estão esperando a...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 10:39

O desabamento de 13 sacadas do edifício Cristo Rei, no bairro da Cremação, em Belém, completou um mês nesta terça-feira, 13. Ainda sem laudo e sem previsão de retorno aos apartamentos, os moradores do prédio continuam sem respostas concretas.

Moradores do Cristo Rei informaram que todos os condôminos estão esperando a posição final das perícias, inclusive da perícia particular contratada pelo condomínio. Ambas ainda sem previsão para ficar prontas.

Segundo uma outra moradora do edifício, eles foram informados que o laudo seria liberado um mês após o início das perícias, por isso, seguem aguardando.

A Polícia Científica do Pará (PCP) informou, por meio de nota, que 'as análises estão em andamento. O órgão reitera que o laudo, a ser finalizado, será repassado às autoridades solicitantes'.

Os moradores estão autorizados a acessarem os apartamentos, individualmente, acompanhados pela guarnição de socorro dos Bombeiros, para retirar pertences mais importantes, como medicações e documentos, mas não estão autorizados a retornarem à moradia.

Relembre o caso

Era por volta de 12h do sábado, 13 de maio, quando as sacadas do prédio, localizado na rua dos Mundurucus, entre Generalíssimo Deodoro e Quintino Bocaiuva, desabaram e assustaram os moradores da região.

De imediato, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará foi acionado, assim como a Defesa Civil, para prestar apoio no incidente. No mesmo dia foi confirmado que não houve vítimas e nem feridos, apenas danos materiais.

Já no domingo, 14 de maio, os trabalhos de investigação começaram e várias autoridades estiveram no local para realizar as investigações. Coletas de informações foram realizadas pela Polícia Científica, análises e vistorias foram feitas pelo Corpo de Bombeiros, e vistorias da Defesa Civil e Crea foram iniciadas.

Na manhã da segunda-feira, 15 de maio, a Defesa Civil afirmou que uma infiltração devido à piscina da cobertura poderia ser a causa inicial do que teria provocado o desabamento das sacadas. Ainda de acordo com a Defesa Civil, as infiltrações deixaram as armaduras das sacadas expostas à água, o que provocou uma oxidação e, por consequência, o desabamento.

Investigação

Uma linha de investigação foi traçada pela Polícia Científica, que levantou a suspeita de uma falha de projeto e execução das estruturas poderia ter ocasionado a queda das sacadas.

O laudo pericial da Polícia Científica, foi iniciado para que todas as informações coletadas e imagens capturadas fossem analisadas para elaboração de um laudo preciso.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do desabamento e apurar se há um responsável.

O Conselho de Engenharia (Crea-PA) informou que o edifício nunca tinha passado por uma vistoria e que não havia nenhum registro de laudo e fiscalização que comprovasse a segurança das instalações do prédio.

Liberação do prédio

Na terça-feira, 16 de maio, o Corpo de Bombeiros declarou que não havia previsão para a liberação do edifício e a volta dos moradores para seus apartamentos. Segundo o CBM, a liberação do prédio seria anunciada após a perícia ser realizada por uma empresa de engenharia, que deve avaliar a condição estrutural das sacadas que não desabaram e do próprio edifício. Só após a realização desse vistoria e em posse das informações, seria possível definir o retorno dos moradores, que aguardam os resultados dos laudos até o momento.