Bebê morto após agressão em Ananindeua tem corpo liberado; pais seguem presos

Polícia Científica confirma que laudo sobre a morte de Igor Gael será concluído nos próximos dias

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 14:42

Bebê morto após agressão em Ananindeua tem corpo liberado; pais seguem presos
Bebê morto após agressão em Ananindeua tem corpo liberado; pais seguem presos Crédito: Alex Ribeiro / Ag. Pará

O corpo do bebê Igor Gael Monteiro Ferreira, de apenas 10 meses, foi liberado pela Polícia Científica do Pará (PCEPA) na manhã de quinta-feira (6), um dia após a morte da criança em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. De acordo com nota divulgada nesta sexta-feira (7), o corpo foi entregue à avó materna.

A instituição informou que o exame pericial foi concluído e que o laudo com as causas da morte será repassado à autoridade policial em até dez dias. “O corpo de Igor Gael Monteiro Ferreira foi periciado e liberado para a avó materna na manhã de ontem (6). O laudo tem o prazo legal de 10 dias para ser entregue”, diz o comunicado.

Já a Polícia Civil confirmou que a mãe do bebê e o companheiro dela foram presos em flagrante pelo crime de maus-tratos com resultado morte. O casal está à disposição da Justiça, enquanto novas testemunhas são ouvidas e outras perícias complementares são realizadas. A ação foi conduzida pela Divisão Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DATA), com apoio do Núcleo de Trabalho de Apoio a Vulneráveis (GTV/NIP).

O caso:

Igor Gael morreu após ser violentamente agredido no abdômen, o que provocou rompimento do fígado, conforme indicam os primeiros resultados periciais. O bebê foi levado às pressas para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro do Aurá, mas já chegou sem vida.

Em depoimento, a mãe contou que havia deixado o filho sob os cuidados do companheiro enquanto saiu de casa para buscar dinheiro. Quando voltou, encontrou o bebê sendo socorrido por vizinhos, que acreditavam que ele estava engasgado. No entanto, o exame de necropsia revelou marcas de agressão e sinais claros de violência.

Durante a investigação, a mulher foi autuada por omissão, já que, segundo a Polícia Civil, deixou o filho com o companheiro — que estava sob efeito de drogas e tinha antecedentes criminais por roubo e envolvimento com uma facção criminosa.

Ainda segundo a polícia, o homem confessou o crime após ser confrontado com as provas. Ele admitiu que atirou o bebê ao chão porque se irritou com o choro da criança. Para tentar encobrir o ato, começou a gritar por socorro, alegando que o menino havia desmaiado.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil do Pará, que aguarda a conclusão do laudo pericial para encaminhar o inquérito à Justiça.