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Publicado em 25 de julho de 2025 às 11:18
A capital paraense será palco, nesta sexta-feira (25), da 10ª edição da Marcha das Mulheres Negras, um dos atos mais representativos do Julho das Pretas — mês de mobilizações políticas e culturais em defesa da vida e dos direitos das mulheres negras latino-americanas e caribenhas.>
Com o tema “Vidas Negras Amazônidas por Reparação e Bem Viver”, a concentração do evento começa às 17h, na escadinha da Estação das Docas. De lá, a marcha segue em cortejo até o Quilombo da República, na Praça da República, onde haverá apresentações culturais e manifestações artísticas em celebração à luta ancestral das mulheres negras da Amazônia.>
A ação reúne movimentos sociais, coletivos feministas, organizações negras, universidades, grupos culturais e aliados da causa antirracista. O objetivo é dar visibilidade à resistência das mulheres negras na região amazônica, além de exigir reparações históricas e políticas públicas que garantam justiça, liberdade e dignidade.>
O evento também integra a mobilização nacional rumo à 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, marcada para o dia 25 de novembro, em Brasília. A primeira edição nacional ocorreu em 2015 e foi um marco histórico na luta por igualdade racial e de gênero no Brasil.>
A data escolhida para a marcha — 25 de julho — é simbólica e potente: celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza foi uma líder quilombola do século XVIII que se tornou símbolo da resistência contra o racismo e o patriarcado no Brasil.>
Além de Belém, diversas cidades brasileiras realizam mobilizações simultâneas nesta sexta-feira (25), reforçando a importância da data e ampliando as vozes da luta negra feminina em todo o país.>