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Publicado em 14 de novembro de 2025 às 16:55
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu mais um recurso da defesa de Lucas Magalhães de Souza, acusado da morte da estudante e influenciadora digital Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, ocorrida em dezembro de 2021, em Belém. O ministro Alexandre de Moraes não deu continuidade ao pedido, pois não havia nada novo a ser analisado e o recurso tentava apenas rever provas que já foram examinadas pelas instâncias anteriores.>
Entenda o caso>
Yasmin desapareceu durante um passeio de lancha pelo Furo do Maguari, em Belém, e foi encontrada morta no dia seguinte. Lucas, proprietário e comandante da embarcação, responde por homicídio com dolo eventual, além de fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo, já que a investigação apontou superlotação, falta de equipamentos de segurança e tentativa de adulteração da lancha para prejudicar as apurações. Ele chegou a ser preso preventivamente em 2022, mas hoje responde em liberdade condicional.>
Lucas Magalhães foi visto curtindo e promovendo eventos em Salinópolis, no nordeste paraense. Vídeos divulgados no perfil Justiça por Yasmin, administrado pela família da vítima, mostram Lucas em momentos de lazer na Praia do Atalaia, interagindo com um paredão automotivo e pilotando uma mini moto. A publicação denuncia que ele estaria descumprindo medidas cautelares impostas pela Justiça.>
A família da vítima, em especial a mãe, Eliene Fontes, tem cobrado celeridade e firmeza da Justiça. Ela critica o fato de Lucas ter sido visto participando de festas em Salinópolis, mesmo sob medidas restritivas. A exposição constante de Lucas em eventos públicos tem gerado revolta entre familiares e apoiadores da vítima, que denunciam a lentidão da Justiça e cobram providências mais firmes para garantir o cumprimento das medidas judiciais.>
Júri popular>
Apesar do andamento da investigação, a defesa de Lucas vinha conseguindo adiar o julgamento, mesmo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado um recurso apresentado por seus advogados. Em setembro deste ano, uma decisão relatada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, manteve a pronúncia, confirmando que o caso seguiria para julgamento por júri popular, afastando as teses apresentadas pelos advogados do réu.>
Com a decisão do STJ, a expectativa é que o júri popular seja marcado, colocando nas mãos da sociedade o julgamento de um dos casos mais emblemáticos dos últimos anos no Pará.>