Publicado em 26 de setembro de 2024 às 12:03
No próximo sábado, 28, a partir das 15h, a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) e a Guarda de Nazaré, realizam uma revisão geral na Corda do Círio e da Trasladação. A partir das 14h30, membros da diretoria de procissões da DFN e da Guarda de Nazaré retiram a corda da Estação Luciano Brambilla e a conduzem até o colégio Santa Catarina de Sena, em Nazaré, para checar os detalhes do ícone da festa de Nazaré como argolas, nós e estações, além da medição dos 800 metros da corda, para saber se estão em perfeitas condições.
Após este momento, os 400 metros que serão utilizados na Trasladação retornam para a Estação Luciano Brambilla, onde ficam até a romaria do dia 12 de outubro. Já os 400 metros do Círio ficarão em exposição na Estação das Docas, no armazém 1 do complexo até a madrugada do dia 13 de outubro, quando sairá para a procissão de domingo.
Esta é a quinta vez que o espaço recebe a Corda Oficial do Círio, momento que já se estabelece como um dos mais aguardados dentro da programação do projeto Círio na Estação. A visitação terá entrada franca e poderá ser feita dentro do horário de funcionamento do espaço. A exposição da Corda Oficial do Círio é uma correalização da Organização Social Pará 2000, que administra a Estação das Docas, e da Diretoria da Festa de Nazaré, com apoio do Governo do Estado.
“Este evento é de suma importância para a realização das grandes procissões da quadra nazarena. A Guarda de Nazaré verifica as atracações, medimos e separamos as cordas que serão utilizadas no Círio e na Trasladação. O sentimento de Círio se intensifica mais ainda após a vistoria, afinal de contas os últimos detalhes passam a ser ajustados para irmos às ruas devotar a nossa Mãe de Nazaré”, expressa Oscar Pimenta Filho, coordenador da Guarda de Nazaré.
A corda
A corda chegou em Belém no dia 04 de setembro, vinda de Castanhal, onde se localiza a empresa CTC (Castanhal Companhia Têxtil), produtora e doadora do símbolo. Em abril de 2023, a DFN anunciou que a produção da corda do Círio, um dos maiores ícones da festividade, seria feita integralmente no Pará, pela primeira vez, para ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. E novamente este ano a corda foi produzida aqui.
Um novo protótipo, do mesmo material utilizado ano passado, malva e juta, foi produzido pela CTC e testado e aprovado pela DFN. “Temos uma corda com atracações das argolas mais resistentes que a do ano passado. São essas argolas que são presas nas estações e onde se concentra a maior força. Tivemos o cuidado de tomar todas as providências para que os incidentes ocorridos ano passado não se repitam. É natural que esta corda, feita de um material diferente do sisal, utilizado durante muitos anos, seja aprimorada a cada ano, para se chegar a uma ideal para as duas procissões. E esperamos que com as mudanças deste ano ela esteja mais apropriada”, ressaltou o diretor de procissões, Antônio Sousa.
A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento, com partes de 400 metros, para cada romaria, e tem 60 milímetros de diâmetro. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.