Publicado em 20 de agosto de 2025 às 14:40
O custo da cesta básica de alimentos caiu em 15 das 27 capitais brasileiras em julho, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Belém, o conjunto de itens essenciais apresentou retração pelo segundo mês consecutivo, fechando o mês em R$ 696,23, o que representa uma queda de 1,81% em relação a junho, quando custava R$ 709,04.>
Apesar do recuo, o valor ainda pesa no bolso do trabalhador paraense. O DIEESE estima que, em julho, o custo da cesta representou 49,58% do salário mínimo líquido (R$ 1.518,00), exigindo cerca de 100 horas e 54 minutos de trabalho para sua aquisição. Para uma família de quatro pessoas, o valor estimado dos alimentos básicos ficou em R$ 2.088,69, ou seja, aproximadamente 1,37 salários mínimos apenas com alimentação.>
Queda puxada por leite, arroz e café>
Entre os 12 produtos que compõem a cesta básica em Belém, 11 tiveram queda de preço em julho. Os destaques foram:>
Apenas o pão apresentou aumento, com leve alta de 0,12%.>
Acumulado do ano e últimos 12 meses>
No acumulado de 2025 (janeiro a julho), o custo da cesta em Belém subiu 4,57%, acima da inflação do período, estimada em 3,30%. O principal responsável pelo avanço foi o café, que já acumula alta de 45,72% neste ano. Tomate (+32,32%) e pão (+8,75%) também registraram elevação significativa.>
Já no comparativo dos últimos 12 meses (julho de 2024 a julho de 2025), a cesta básica em Belém subiu 2,03%. Alguns itens se destacaram com fortes aumentos, como o café (+69,83%), o óleo de soja (+24,67%) e a carne bovina (+10,75%). Por outro lado, produtos como arroz (-25,47%), feijão (-14,82%) e tomate (-10,63%) tiveram queda.>
Cenário nacional>
Entre as capitais, São Paulo apresentou a cesta mais cara em julho (R$ 865,90), enquanto Aracaju registrou o menor valor (R$ 568,52). As maiores quedas ocorreram em Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%) e Rio de Janeiro (-2,33%). Já as maiores altas foram registradas em capitais do Nordeste, como Recife (2,80%) e Maceió (2,09%).>
De acordo com o DIEESE, com base no valor da cesta mais cara do país (São Paulo), o salário mínimo ideal em julho de 2025 deveria ser de R$ 7.274,43, o equivalente a 4,79 vezes o valor atual (R$ 1.518,00).>