Dupla é presa por extração ilegal de madeira e grilagem de terras no Pará

Os suspeitos levaram a equipe até uma clareira onde funcionava uma serraria móvel clandestina, onde foi encontrada uma grande quantidade de madeira já serrada, pronta para o transporte.

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 11:24

Os agentes encontraram um cenário de ocupação irregular, com diversos barracos e ramais clandestinos.
Os agentes encontraram um cenário de ocupação irregular, com diversos barracos e ramais clandestinos. Crédito: Divulgação

A Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA) de Altamira, deflagrou uma operação que resultou na prisão em flagrante de dois homens suspeitos de crime ambiental. A ação ocorreu na zona rural do município de Brasil Novo, no sudoeste paraense, em uma área de amortecimento da Reserva Extrativista Verde Para Sempre.

As prisões aconteceram na manhã de segunda-feira, (1º), quando a equipe policial se deslocou para a região, a fim de apurar denúncias de atividades criminosas ambientais. No local, os agentes encontraram um cenário de ocupação irregular, com diversos barracos e ramais clandestinos utilizados para a extração ilegal de madeira. Guiados pelo som de uma motosserra, os policiais adentraram a mata e surpreenderam os criminosos, que estavam com duas espingardas.

No decorrer das diligências, os suspeitos levaram a equipe até uma clareira onde funcionava uma serraria móvel clandestina. Lá foi encontrada grande quantidade de madeira já serrada, pronta para o transporte, além de uma motosserra utilizada na prática do desmatamento.

A ficha criminal dos presos foi levantada e pode-se apurar que um deles é apontado como figura central em um esquema de grilagem de terras e desmatamento na região, sendo supostamente responsável pela comercialização de lotes e pela logística da extração ilegal de madeira.

Diante da situação flagrancial, foi dada voz de prisão aos dois indivíduos pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, dano ambiental em unidade de conservação , uso de motosserra sem a devida licença e por armazenar madeira sem autorização legal.

Os presos foram conduzidos à sede da DECA em Altamira e, posteriormente, encaminhados ao Centro de Recuperação Masculina de Vitória do Xingu, onde permanecem à disposição da Justiça.