Publicado em 25 de junho de 2024 às 22:11
O retorno da Banav com a lancha Cat Ban para a linha Belém-Camará previsto para hoje, 11, sob grande tensão e risco de conflito com os marajoaras que não aceitam a empresa, já gerou reação das companhias Transmarajó Navegação e Navegação Ferreira, que não devem continuar no trecho sem a concessão definitiva e se Banav ou Arapari, que ficaram fora da linha após o naufrágio da lancha Dona Lourdes 2 que deixou 23 mortos, voltarem a operar no Porto da Foz do Rio Camará. O principal motivo é a falta de viabilidade econômica.>
Nesta sexta-feira, 11, a Transmarajó emitiu nota dizendo que parou com a operação da linha Belém-Camará-Belém e orientou os passageiros que já tinham comprado passagens a procurarem o guichê da empresa no Terminal Hidroviário de Belém para buscar o reembolso do valor pago.>
O principal motivo para a retirada é a inviabilidade econômica. Em média, cada viagem leva de 90 a 100 passageiros. Os empresários acreditam que com o retorno da Banav, não haverá demanda para todos.>
Os empresários entendem que foram 'usados' num momento de fragilidade com o naufrágio e que agora estão sendo preteridos, depois de fazerem investimentos em embarcações, guichê de venda na cidade e de suportarem um verão com forte maresia e ondas de quase três metros sem sofrerem sequer uma reclamação dos passageiros.>
A Navegação Ferreira, que opera a lancha Salmista, não emitiu nota, mas também não deve continuar na rota se a situação não for resolvida. A empresa explicou que ainda fica neste final de semana e que a tendência é parar posteriormente.>
As empresas Transmarajó e Navegação Ferreira foram chamadas às pressas para assumirem a linha Belém-Camará-Belém logo após a revolta popular dos marajoaras que exigiram a retirada imediata das empresas Arapari e Banav, que apresentavam problemas constantes e colocavam a vida dos passageiros em risco com as embarcações ficando, quase que semanalmente, à deriva.>
A promessa era de que Arapari e Banav perderiam a concessão e que a Transmarajó e Navegação Ferreira assumissem definitivamente a linha. Mais de três meses após o início das operações, nem as empresas antigas tiveram as concessões cassadas ou foram suspensas, nem as novas empresas foram oficializadas. Também não foi apresentado um navio para fazer o percurso.>
Com informações do Notícia Marajó.>