Ex-policial condenado por morte de irmãos Novelino morre de tuberculose aos 80 anos

O ex-policial civil Sebastião Cardias Alves morreu no Hospital Municipal de Santa Izabel, nesta terça-feira, 3. Ele cumpria pena por ter sido o executor dos irmãos Ubiraci e Urakitan Novelino, assassinados de forma brutal em abril de 2007. Sebastião foi condenado a 80 anos de prisão e teria morrido após ter contraído...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 02:19

O ex-policial civil Sebastião Cardias Alves morreu no Hospital Municipal de Santa Izabel, nesta terça-feira, 3. Ele cumpria pena por ter sido o executor dos irmãos Ubiraci e Urakitan Novelino, assassinados de forma brutal em abril de 2007.

Sebastião foi condenado a 80 anos de prisão e teria morrido após ter contraído tuberculose no presídio. O Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal recebeu o chamado para fazer a remoção do corpo no início da manhã desta terça-feira.

De acordo com a nota da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Sebastião estava internado no Hospital Municipal de Santa Izabel, desde o dia 15 de dezembro, onde investigava uma doença pulmonar, com suspeita de câncer no pulmão. Nesta madrugada, ele veio a óbito, no próprio hospital. O mesmo realizava acompanhamento de saúde no Hospital Barros Barreto e, também, era assistido pela equipe de saúde da unidade prisional. A SEAP está acompanhando a situação e presta assistência à família do apenado.

Ele foi o executor dos empresários Novelino a mandado do empresário João Batista Ferreira Bastos, conhecido como 'Chico Ferreira'.

Relembre o caso

Os irmãos Novelino, foram atraídos para o escritório da empresa Service Brasil, no bairro da Batista Campos, em Belém. Ubiraci e Urakitam foram receber uma dívida contraída pelo também empresário Chico Ferreira, mas não sabiam que estavam sendo atraídos para uma armadilha.

Após os irmãos não terem voltados para casa, ainda naquele dia, o pai deles, Ubiratan Lessa Novelino, acionou a polícia e foi até a sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). No prédio, o pai das vítimas encontrou Chico Ferreira, que, ao ser questionado pela imprensa, dizia estar na Dioe com a missão de colaborar com as investigações. Foi instaurado um inquérito policial, conduzido pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

O crime começou a ser elucidado na tarde do dia 26 de abril, quando um investigador da Delegacia de Benfica recebeu várias ligações, informando que um carro estava sendo desmontado no sítio Gueri-Gueri, pertencente ao radialista Luiz Araújo. Ao chegar ao local, o policial constatou que era um carro Corolla preto com características, que depois vieram a ser confirmadas, do carro em que os irmãos Novelino saíram na noite anterior para se encontrar com Ferreira.