Família de Bruno Damasceno diz que laudo descarta marcas de agressão

O laudo pericial da causa da morte do estudante universitário Bruno Damasceno, cujo o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição no Rio Maguari, no Tenoné, em agosto do ano passado, chegou ao conhecimento da família da vítima após quatro meses. Eles tiveram acesso ao documento em dezembro de 2022.

Segundo o documento da perícia, nenhum sinal de violência física foi observado na análise. Ele explica que a perícia indica afogamento como a causa da morte de Bruno, observando a ‘asfixia em meio líquido’, não havendo sinais de agressão externa ou internas. Outro pondo da análise indica para negativo qualquer violência sexual possível.

Uma das análises mais importantes, que não foi possível ser realizada, devido à amostra estar comprometida pela presença de muito barro e iodo, foi o exame de sangue, que ficou inviável com a contaminação.

A perícia ficou pronta antes de dezembro, mas a família só teve acesso as informações no último mês do ano de 2022. Porém, as investigações seguem sem uma conclusão, sobre como ocorreu as situações envolvendo a morte de bruno.

O caso

Bruno Rafael Damasceno de Barros, era estudante de medicina veterinária e estava desaparecido desde o dia 6 de agosto, após sair de um restaurante localizado na avenida Marquês de Herval, no bairro da Pedreira, em Belém. De acordo com uma testemunha, Jennifer Nascimento, prima do estudante, ele teria saído do estabelecimento sozinho e teria seguido em direção a avenida Almirante Barroso. Porém a última localização do celular do acadêmico foi em Ananindeua.

A Polícia seguiu investigando o caso, por análises de imagens onde Bruno passa antes de desaparecer.

Ainda no mesmo mês, um corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, preso em folhagens no Rio Maguari, próximo ao Parque dos Igarapés. Ele foi encontrado por tripulantes de uma embarcação de pequeno porte, que avistaram a vítima presa nas arvores do rio, que divulgaram um vídeo nas redes sociais quando acharam o corpo.

O corpo só foi retirado por equipes de resgates no dia 12 de agosto, e a família de Bruno só recebeu a confirmação de que seria ele, por exame de DNA, no dia 26 de agosto.

Bruno foi sepultado no dia 28 de agosto, porém, a perícia foi iniciada logo após o resgate do corpo, para tentar compreender as causas da morte e dar seguimento nas investigações.