Frutas voltam a ficar mais caras em Belém e reajustes passam de 8%

Levantamento do Dieese/PA mostra alta em itens como acerola, melão amarelo, limão e abacaxi em outubro, embora a maioria das frutas ainda registre queda de preço no acumulado do ano.

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 09:43

Frutas voltam a ficar mais caras em Belém e reajustes passam de 8%
Frutas voltam a ficar mais caras em Belém e reajustes passam de 8% Crédito: Bruno Cecim / Ag.Pará

Depois de três meses seguidos de queda, a conta da feira voltou a pesar no bolso dos consumidores em Belém. Levantamento do Dieese/PA feito em feiras livres e supermercados da capital mostra que, em outubro de 2025, a maioria das frutas pesquisadas teve aumento de preço, com reajustes que passam de 8%.

De acordo com a pesquisa, as altas mais expressivas entre setembro e outubro foram registradas na acerola, com reajuste de 8,76%, seguida pelo melão amarelo (8,46%), limão (7,08%), abacaxi por unidade (6,80%), tangerina (6,56%), abacate (4,05%), maracujá (3,02%) e goiaba vermelha (1,65%). No mesmo período, algumas frutas ficaram mais baratas, com destaque para a laranja pera, que teve queda de 7,27% no preço médio.

No ano, maioria ainda está mais barata

Apesar da alta recente, o balanço de janeiro a outubro de 2025 ainda mostra queda acumulada na maior parte das frutas comercializadas em Belém. O abacate lidera as reduções, com recuo de 60,19% no período. Na sequência aparecem a tangerina (-29,06%), o limão (-22,06%), o maracujá (-20,06%), a laranja pera (-17,66%), o melão amarelo (-9,09%), a goiaba vermelha (-8,33%), a acerola (-6,02%) e a manga rosa (-2,20%).

Por outro lado, algumas frutas acumulam alta de preço ao longo do ano. A melancia subiu 22,48%, o abacaxi por unidade teve aumento de 22,04%, a banana prata avançou 3,91% e o mamão, 2,57%.

Balanço dos últimos 12 meses

Quando a comparação é feita entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o Dieese/PA também observa queda na maioria dos itens pesquisados. A manga rosa aparece com a maior redução, de 29,20%, seguida pelo abacate (-24,86%), goiaba vermelha (-18,73%), maracujá (-15,58%), melão amarelo (-13,62%), laranja pera (-10,70%), mamão (-0,83%) e banana prata (-0,24%).

Na contramão, algumas frutas ficaram bem mais caras nos últimos 12 meses. O abacaxi por unidade teve alta acumulada de 27,73%, a melancia subiu 14,25%, a tangerina 4,82%, a acerola 2,85% e o limão 1,91%.

Por que os preços variam tanto?

Segundo o Dieese/PA, as oscilações nos preços das frutas estão diretamente ligadas a fatores como entressafra, qualidade e volume da oferta, condições climáticas, custo de produção e, especialmente, o frete. Alterações em qualquer um desses pontos podem impactar rapidamente os valores nas bancas das feiras e nas gôndolas dos supermercados, refletindo no orçamento das famílias.