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Publicado em 12 de julho de 2025 às 09:03
Uma mulher suspeita de aplicar golpes em idosos paraenses foi presa no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, ela integrava uma quadrilha que se especializou em um tipo de fraude cruel e cada vez mais comum: o golpe do falso parente.
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A prisão ocorreu na sexta-feira (11), na comunidade do Preventório, em Niterói (RJ), durante nova fase da Operação Oliveira, que investiga fraudes eletrônicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A ação envolveu equipes do Pará, Rio de Janeiro e Mato Grosso.>
De acordo com as investigações, a mulher abria contas bancárias em seu nome para movimentar o dinheiro obtido nos golpes. No Pará, um casal de idosos perdeu mais de R$ 50 mil após cair na fraude.>
Como funciona o golpe do “falso parente”>
O esquema consiste em uma ligação telefônica, geralmente feita por um suposto filho, neto ou sobrinho, dizendo que sofreu um acidente, foi preso ou está em perigo. A pessoa do outro lado da linha implora ajuda com urgência e pede que a vítima faça uma transferência ou entregue dinheiro a um terceiro. Em muitos casos, os criminosos contam com comparsas para buscar o valor pessoalmente.>
A comoção e o susto fazem com que a vítima não questione ou investigue a veracidade da história — e quando percebe que se trata de um golpe, já é tarde demais.>
Ações coordenadas>
A Operação Oliveira já cumpriu 11 mandados de busca e seis de prisão preventiva desde o dia 9 de julho, com mais de 70 policiais civis mobilizados. Durante a ação no Rio, foram apreendidos celulares, documentos e outros aparelhos usados pela quadrilha. Contas bancárias também foram bloqueadas para tentar recuperar o valor perdido pelas vítimas.>
As investigações continuam para identificar outros membros da associação criminosa e rastrear o dinheiro obtido com os golpes.>