Publicado em 10 de março de 2025 às 15:33
Antonio Cabral Cavalcante, de 74 anos, foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua nora, Milene da Silva Reis, de 19 anos, que estava grávida de três meses. O crime ocorreu no dia 2 de junho de 2023, na Vila Bom Futuro, em Garrafão do Norte, no nordeste paraense. O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (10).>
Segundo as investigações, Antonio esfaqueou Milene após ela se recusar a ter relações sexuais com ele. A vítima foi atingida por vários golpes de faca e não resistiu aos ferimentos, morrendo a caminho do hospital. O acusado foi preso pela Polícia Civil e permaneceu à disposição da Justiça até o julgamento.>
Durante o julgamento, o Ministério Público do Estado (MPE), representado pelo promotor Gerson Silveira, sustentou a acusação nos termos da denúncia, afirmando que o réu agiu de forma premeditada. O promotor destacou que Antonio atacou Milene não apenas por rejeição, mas também por acreditar que ela não deveria usar batom vermelho dentro de casa. Além disso, defendeu a condenação do acusado também pelo crime de aborto, uma vez que, mesmo que ele não soubesse da gravidez, assumiu o risco ao desferir as facadas.>
A defesa argumentou que Antonio, agricultor, já estava preso há quase dois anos e que sua intenção não era cometer um crime dessa gravidade. Os advogados também alegaram que a vítima estaria causando desavenças dentro da família. No entanto, os jurados, por maioria dos votos, acolheram a tese da acusação e condenaram o réu pelos crimes de homicídio qualificado e aborto de terceiro.>
Antonio Cabral Cavalcante recebeu a pena de 26 anos de reclusão em regime fechado.>