Investigado no Pará é preso em São Paulo por produção de conteúdo pornográfico infantojuvenil

O investigado utilizava perfis falsos em redes sociais, se passando por funcionário de uma suposta agência de modelos, para abordar meninas.

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 15:12

Investigado no Pará, é preso em São Paulo por produção de conteúdo pornográfico infantojuvenil.
Investigado no Pará, é preso em São Paulo por produção de conteúdo pornográfico infantojuvenil. Crédito: Divulgação

A ação integrada das Polícias Civis dos Estados do Pará e de São Paulo resultou no cumprimento a mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem, indiciado pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV/PCPA), por produção de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, tentativa de estupro virtual e estelionato. 

A prisão é resultado de diligências contínuas, no âmbito da Operação Safeguard VI, iniciada no ano de 2024 pela PCPA, ocasião em que o investigado teria praticado os crimes contra uma adolescente de 14 anos, residente na cidade de Belém. Ele foi localizado e preso na cidade de São Paulo.

As apurações apontam que o investigado utilizava perfis falsos em redes sociais, se passando por funcionário de uma suposta agência de modelos, para abordar meninas com vínculo ou interesse na área, oferecendo falsas propostas de trabalho. Após conquistar a confiança das vítimas, o suspeito exigia o pagamento de boletos falsos ou transferências pix, alegando tratar-se de taxas de inscrição. Em seguida, solicitava o envio de fotos de nudez ou poses obscenas, afirmando serem requisitos do suposto processo seletivo.

De posse desse material, o investigado passava a chantagear a vítima, impondo o envio de novas imagens e vídeos sob ameaça de divulgação dos conteúdos já recebidos. As apurações demonstram que ele comandava poses e cenas, caracterizando verdadeira produção de pornografia infantojuvenil, além de fazer exigências de atos libidinosos em tempo real. Temendo danos à própria imagem, a vítima cedia às exigências. No curso das diligências complementares, verificou-se que o investigado fez mais de 14 vítimas no estado de São Paulo, utilizando o mesmo modus operandi.

A PCPA orienta que novas vítimas procurem imediatamente a unidade policial mais próxima para formalizar denúncia. A colaboração das vítimas é fundamental para ampliar o alcance das investigações, prevenir novos crimes e assegurar a responsabilização criminal do indiciado.

A Polícia Civil do Pará reforça, ainda, seu compromisso no combate rigoroso aos crimes cibernéticos, especialmente aqueles praticados contra crianças e adolescentes, atuando de forma integrada com outras unidades federativas para assegurar a responsabilização dos autores e proteger grupos vulneráveis em todo o território nacional.