Lixo em Belém: veja as doenças que o acúmulo de resíduos sólidos pode causar

Com a crise do lixo instalada na capital paraense e denúncias de moradores sobre diversos pontos de acúmulos de lixos em Belém, existe um grande número de doenças causadas pelo descarte inadequado de resíduos, que ainda podem causar problemas ambientais.

A falta de cuidado ao descartar o lixo pode causar diversos problemas ambientais e de saúde para a população. Resíduos mal destinados degradam também o solo e as águas, e se tornam ambientes propícios para a proliferação de animais transmissores de diversas enfermidades.

Estamos falando bastante sobre como o descarte incorreto dos resíduos pode contribuir para a ocorrência de epidemias e problemas ambientais. Em outras palavras, como, afinal de contas, o lixo causa problemas de saúde coletiva?

Para compreendermos melhor é importante entender que a proliferação de qualquer forma de vida depende de alimento, água e abrigo. Assim, os vetores de doenças têm suas causas de condições de reprodução favorecidas quando o lixo não é gerenciado corretamente.

Ou seja, segundo o Ministério da Saúde, o acúmulo de lixo ou seu armazenamento inapropriado ou a falta de armazenamento, favorece a proliferação de vetores ou patógenos.

Se não for feita a destinação corretamente, a água da chuva pode carregar resíduos e os produtos derivados deles, colocando em risco a saúde ambiental e podendo, em caso de enchentes, agravar o perigo de contaminação por leptospirose, por exemplo. 

Outros exemplos de risco à saúde pública é que veículos e vetores como dengue e chikungunya se reproduzem em pequenos depósitos de água e, na maioria, esses reservatórios são provenientes da má gestão dos resíduos. 

As enfermidades causadas pelo lixo estão fortemente associados aos vetores e à presença de água contaminada. Portanto, os principais patógenos são:

• Propagadas por mosquitos: dengue, febre-amarela, arboviroses, elefantíase, malária, chikungunya.





• Propagadas por moscas: giardíase, disenteria, amebíase, cólera, salmonelose.





• Propagadas por baratas e formigas: giardíase, cólera e diarreia.





• Propagadas por ratos: leptospirose, peste bubônica, tifo.

A gestão eficiente e integrada do resíduo é o melhor caminho. Isto é, reduzir seu impacto ambiental equivale a diminuir os problemas de saúde que o lixo mal-acondicionado traz. Com esta atitude, você estará reduzindo a propagação de doenças.

• Assim, o primeiro passo é separar o lixo úmido do lixo seco. Dessa forma, estaremos evitando a exposição do ambiente às doenças causadas por esses resíduos.





• Em seguida, é importante mantê-los organizados, evitando que diferentes materiais acabem em locais onde não deveriam. É muito importante ter a clareza de que o ato de não descartar corretamente o resíduo pode contribuir ou agravar um problema de saúde pública. 





• Higienizar resíduos que contenham restos de alimento é importante para não favorecer a proliferação de vetores de doenças. 





• Para que essa gestão tenha sucesso, o engajamento de toda a comunidade, seja ela comercial ou residencial, é igualmente indispensável.

Assim, a exposição do resíduo favorece a proliferação de vetores porque fornece abrigo, alimento e água para esses animais.