Lula vai à Basílica após pane em avião no Marajó: 'fui agradecer a Nossa Senhora de Nazaré'

Presidente relatou que deixou aeronave da FAB às pressas após risco de incêndio; incidente soma-se a outros problemas recentes em voos oficiais.

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 09:59

Lula vai à Basílica após pane em avião no Marajó: fui agradecer a Nossa Senhora de Nazaré
Lula vai à Basílica após pane em avião no Marajó: fui agradecer a Nossa Senhora de Nazaré Crédito: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta sexta-feira (3) que o avião em que viajaria para a Ilha do Marajó, no Pará, apresentou um problema no motor pouco antes da decolagem. A aeronave, da Força Aérea Brasileira (FAB), precisou ser trocada às pressas, e Lula seguiu viagem em outro avião.

“Só tinha que agradecer a Deus, porque poderia ter tido problema quando eu estivesse no ar. E, quando eu estava em terra ainda, tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo”, afirmou o presidente em entrevista a veículo de comunicação local.

O que aconteceu

Segundo Lula, ele e a comitiva desembarcaram imediatamente após a detecção do defeito. A Secretaria de Comunicação (Secom) não havia informado previamente à imprensa sobre o ocorrido.

O presidente contou ainda que, após cumprir sua agenda, visitou a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, para agradecer pela proteção. “Fui agradecer a Nossa Senhora de Nazaré porque ontem aconteceu um outro problema comigo no avião”, disse.

Histórico de incidentes

Não foi a primeira vez que Lula enfrentou problemas aéreos durante o atual mandato. Em outubro de 2023, um avião que o transportava apresentou falha técnica e precisou voar em círculos por mais de quatro horas para queimar combustível antes de pousar. Já em março deste ano, a aeronave presidencial precisou arremeter ao tentar pousar em Sorocaba (SP), devido a fortes ventos na região.

O governo chegou a avaliar a compra de uma nova aeronave oficial. O ministro da Defesa, José Múcio, apresentou opções após o incidente de 2023, mas o alto custo e o risco político de uma nova crise levaram o Planalto a recuar.

Contexto político e econômico

O episódio ocorre em meio a novos contingenciamentos anunciados pelo governo federal. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta semana um bloqueio adicional de R$ 1,4 bilhão em despesas discricionárias, elevando o total de recursos congelados em 2025 para R$ 12,1 bilhões.