Maior navio de guerra da América Latina está atracado em Belém

O navio-aeródromo multipropósito “Atlântico” está atracado na Estação das Docas e integra ações de segurança das Forças Armadas para a conferência climática da ONU.

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 12:13

O navio-aeródromo multipropósito (NAM) “Atlântico” - 
O navio-aeródromo multipropósito (NAM) “Atlântico” -  Crédito: Alexandre Alencar/Roma News

O navio-aeródromo multipropósito (NAM) “Atlântico”, considerado o maior navio de guerra da América Latina, está atracado desde a tarde da última quinta-feira (25) no Porto da Estação das Docas, em Belém. A chegada da embarcação chamou a atenção de moradores e turistas que circulavam pela região central da capital paraense.

A presença do NAM “Atlântico” faz parte da Operação Atlas, ação conjunta da Marinha, Exército e Força Aérea voltada à segurança e preparação logística na região Norte. O exercício, que ocorre desde 30 de junho e segue até 6 de dezembro, também integra o planejamento para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.

Com 208 metros de comprimento, equivalente a um prédio de 40 andares, o navio pode transportar 432 tripulantes e comportar até 1.400 militares em missão. A embarcação tem capacidade para operar com até 18 aeronaves em hangar e convoo.

O NAM “Atlântico” deixou a Base Naval da Ilha das Cobras (RJ) em 13 de setembro, transportando 1.042 militares e 435 toneladas de equipamentos, entre eles:

  • 83 veículos, incluindo seis blindados;
  • quatro helicópteros;
  • armamentos, mísseis e munições;
  • sensores e material de mergulho;
  • aparato para operações de defesa nuclear, biológica, química e radiológica.

Segundo a Marinha, todo o material será utilizado em treinamentos na Foz do Rio Amazonas. O navio também reforça a estrutura do Comando Operacional Conjunto Marajoara, criado pelo Ministério da Defesa para coordenar a segurança da COP30.

O Atlântico foi construído na década de 1990 e adquirido da Marinha Britânica em 2018. O nome é uma referência à importância histórica e estratégica do Oceano Atlântico para o Brasil.