Materiais de pesca são apreendidos e tartarugas-da-Amazônia são resgatadas no Pará

Polícia Ambiental localizou apetrechos de pesca e animais silvestres em risco de extinção.

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Agência Pará

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Publicado em 26 de agosto de 2025 às 07:37

Tartarugas-da-Amazônia são resgatadas no Pará.
Tartarugas-da-Amazônia são resgatadas no Pará. Crédito: Divulgação

O Comando de Policiamento Ambiental (CPA) da Polícia Militar do Pará interceptou, no último domingo (24), uma ação de pesca ilegal no Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) Tabuleiro do Embaubal, localizado no município de Senador José Porfírio, sudeste do estado. Na operação, foram apreendidos um espinhel, duas malhadeiras e seis espécimes de Tartarugas-da-Amazônia, espécie considerada em risco de extinção. 

A ação ocorreu durante o patrulhamento de rotina realizado pelo CPA na unidade de conservação, considerada a maior área de desova da espécie no Pará. Ao avistar a guarnição, um indivíduo que estava em uma embarcação abandonou os materiais e fugiu do local. Os objetos e os animais foram encaminhados para a base do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), responsável pelas medidas de preservação.

O comandante do CPA, coronel QOPM Orlandino Sebastião Bastos Lima, destacou a importância das ações integradas na região. “O REVIS Tabuleiro do Embaubal é uma unidade de conservação estadual localizada no município de Senador José Porfírio, banhada pelo rio Xingu. Nela estão os principais berçários, praias de reprodução das tartarugas-da-Amazônia, que entre julho e dezembro se deslocam de diferentes rios para reprodução, ficando vulneráveis à ação criminosa de cidadãos que caçam e apanham seus ovos para consumo ou comercialização. Nesse sentido, o CPA, em parceria com o Ideflor-Bio, desenvolve ações preventivas de monitoramento e fiscalização para preservar as espécies e garantir seu ciclo reprodutivo”, explicou.

A espécie sofre risco de extinção e fatores como degradação do habitat natural, caça, captura acidental na pesca e poluição marinha potencializam a extinção das tartarugas marinhas na natureza. Além da atuação de repressão, o CPA reforça o caráter preventivo do policiamento ambiental, para combater crimes contra a fauna e a flora amazônica, reforçando a conservação da biodiversidade para as futuras gerações.