Moradores denunciam crime ambiental em área de preservação permanente no Residencial Mururé, em Belém

De acordo com relatos, a área, que abrigava vegetação nativa e um lago com nascente, foi repassada a um particular, que posteriormente comercializou o terreno.

Publicado em 28 de maio de 2025 às 10:15

Antes e depois do crime ambiental
Antes e depois do crime ambiental Crédito: Reprodução 

Moradores do Residencial Mururé, localizado na Avenida Mário Covas, em Belém, denunciam a destruição de uma área de preservação permanente (APP) que originalmente fazia parte de uma zona de uso comum e reserva ambiental do loteamento. De acordo com relatos, a área, que abrigava vegetação nativa e um lago com nascente, foi repassada a um particular, que posteriormente comercializou o terreno.

Segundo os moradores, o desmatamento da área começou em janeiro de 2025, quando máquinas passaram a atuar na limpeza e retirada de árvores. A comunidade acionou a Delegacia de Meio Ambiente (Dema), que chegou a ir até o local, fazendo com que os trabalhos fossem temporariamente interrompidos. No entanto, dias depois, as atividades foram retomadas, mesmo sem qualquer processo formal de licenciamento ambiental visível à população.

Na última terça-feira (27), a Dema voltou ao local e apreendeu as chaves das máquinas (retroescavadeiras) que operavam na área. No entanto, ainda de acordo com os moradores, os operadores retornaram pouco tempo depois com chaves reservas e continuaram os trabalhos de desmatamento e aterramento da área.

Os moradores também procuraram o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), em busca de providências. Até o momento, segundo eles, não houve manifestação oficial por parte do órgão.

A comunidade cobra uma resposta urgente das autoridades para impedir a degradação completa da área, que, segundo apontam, possui características que a qualificam como uma Área de Preservação Permanente, o que impediria qualquer tipo de intervenção como desmatamento ou aterramento de recursos hídricos.

O Roma News entrou em contato com a Delegacia de Meio Ambiente, Ministério Público e com a Prefeitura de Belém para obter um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

Fotos de antes da destruição:

-
- Crédito: -
-
- Crédito: -

Vídeo da destruição: