Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 19:12
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Município de Belém para exigir a regularização das condições higiênico-sanitárias das feiras livres e mercados da capital paraense. A medida foi proposta pela 1ª Promotoria de Justiça do Consumidor e é assinada pelas promotoras Regiane Brito Coelho Ozanan e Mariela Corrêa Hage.>
A ação judicial tem como fundamento um Procedimento Administrativo, instaurado para verificar se as feiras do município cumprem as boas práticas necessárias à segurança alimentar dos consumidores. O procedimento foi aberto após reportagem de um jornal local denunciar precariedades em diversas feiras de Belém.>
Na ação, a Promotoria sustenta que há clara omissão do Município em garantir o cumprimento da legislação sanitária vigente. Segundo a peça, a falta de condições adequadas de higiene, armazenamento e manipulação de alimentos representa violação direta ao direito dos consumidores de ter acesso a produtos seguros, além de expor a população ao risco de doenças transmitidas por alimentos.>
De acordo com as promotoras de Justiça, as provas constantes nos autos demonstram de forma inequívoca que as feiras livres de Belém não atendem às normas sanitárias, tornando necessária a intervenção judicial, já que todas as tentativas de solução no âmbito administrativo teriam sido frustradas.>
Pedidos apresentados à Justiça>
Na ACP, o MPPA solicita que a Justiça determine ao Município, em caráter liminar, a adoção imediata de medidas emergenciais em todas as feiras e mercados, desde a interdição de áreas consideradas de alto risco até a suspensão de obras que, segundo o documento, não atendem aos padrões sanitários exigidos pela legislação.>
O Ministério Público requer ainda que o município apresente laudos estruturais, comprovação de segurança contra incêndio, projetos adequados de reforma e cronogramas de execução, além de realizar ações de fiscalização, controle de zoonoses, capacitação de feirantes e melhoria das instalações hidrossanitárias.>
O órgão pede também que o Município seja condenado ao pagamento de R$ 10 milhões a título de danos morais coletivos, valor que deve ser destinado ao Fundo Estadual de Direitos Difusos e Coletivos.>
A ação agora segue para análise do Poder Judiciário, que decidirá sobre a concessão das medidas emergenciais solicitadas.>