Nada de banco quente: Parque da Cidade em Belém ganha assentos que não esquentam no sol

Bancos com tecnologia térmica prometem conforto até nos dias mais quentes e fazem parte da transformação do Parque da Cidade para a COP30.

Publicado em 6 de junho de 2025 às 17:16

Nada de banco quente: Parque da Cidade em Belém ganha assentos que não esquentam no sol
Nada de banco quente: Parque da Cidade em Belém ganha assentos que não esquentam no sol Crédito: Bruno Cecim / Ag.Pará

Quem já tentou sentar num banco de concreto sob o sol amazônico sabe: é quase uma missão impossível. Mas isso está com os dias contados no Parque da Cidade, em Belém. O espaço agora conta com 300 novos bancos feitos com uma tecnologia térmica que promete conforto até nos dias mais quentes.

A mágica está no material: concreto de alta performance com revestimento atérmico, que mantém a superfície agradável ao toque mesmo depois de horas sob o sol. Os bancos ainda têm um tratamento hidrorepelente, que impede que acumulem água da chuva — ou seja, nada de banco encharcado depois de uma pancada d’água típica da cidade.

“São materiais pensados pro nosso clima, que resistem ao calor e à umidade sem exigir grandes manutenções”, explica Carlos Araújo, gerente de Engenharia da Vale, que participa do projeto. A instalação dos bancos faz parte de uma proposta maior de transformar o parque em um espaço urbano mais acolhedor, bonito e funcional.

Segundo Rodolfo Castro, da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), a ideia vai além de oferecer um lugar para sentar: é criar espaços de convivência, permanência e descanso com conforto real. “Não adianta só ter bancos. Eles precisam ser feitos pensando em quem vai usar, no clima da cidade e na durabilidade. Isso é urbanismo inteligente, centrado nas pessoas”, afirma.

O novo mobiliário também se integra ao projeto de paisagismo do parque, que já recebeu mais de duas mil árvores, entre nativas e ameaçadas de extinção, como mogno, cedro e acapu. Até a COP30, a meta é chegar a 2.500 árvores, além de milhares de plantas ornamentais.

No fim das contas, o que se vê é uma cidade que começa a se preparar para oferecer espaços públicos mais humanos, bonitos e acessíveis. E, claro, onde ninguém mais vai precisar pular de susto ao encostar num banco no meio da tarde.