Publicado em 5 de novembro de 2025 às 08:27
Nesta terça-feira (4), Hélio Gueiros Neto usou as redes sociais para falar sobre a morte de sua esposa, Renata Cardim Gueiros, ocorrida em 2015. Renata foi encontrada morta no dia 27 de maio e Hélio Gueiros Neto, neto do ex-governador do Pará e então marido da vítima, era o principal acusado no processo. Diante dos fatos analisados durante as investigações, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu de levá-lo a júri popular, pela acusação de homicídio contra a esposa. Após quase uma década do ocorrido, ele decidiu se pronunciar.>
“Demorei quase dez anos para falar nas redes sociais sobre a morte da minha esposa Renata Cardim Gueiros. Durante todo esse tempo, confiei que as provas seriam suficientes para mostrar que sou acusado de um crime que nunca existiu. Hoje, eu decidi lutar abertamente para retomar minha vida e honrar a memória da Renata com a dignidade que ela merece. Por isso, estou aqui. Pra falar diretamente com vocês, no meu Instagram e nas redes criadas pela minha defesa: @justicasejafeitaoficial. Este espaço é para esclarecer fatos, responder perguntas e reconstruir a verdade que foi distorcida ao longo de quase uma década”, disse ele na legenda da publicação.>
Railene Cardim, tia da vítima, também se pronunciou nas redes sociais, explicando todos os laudos com a legenda: “Caso Renata Cardim, vítima de feminicídio em 27.05.2015, na cidade de Belém, o acusado é Hélio Gueiros Neto, neto de ex-governador do Pará”, finaliza.>
Entenda o caso>
Inicialmente, a morte foi tratada como natural, mas o caso teve uma reviravolta após a família contratar um perito particular e o laudo dele apontar sinais de sedação e asfixia, caracterizando homicídio.>
Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Pará, Renata teria sido morta enquanto dormia. Hélio Gueiros Neto, neto do ex-governador do Pará e então marido da vítima, é o principal acusado no processo.>
A defesa do réu afirma que vai recorrer da decisão do STJ e sustenta que cinco laudos oficiais, elaborados pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, atestam que a causa da morte foi natural. Para a família de Renata, a decisão do STJ representa um avanço importante após uma década de espera.>
"É cansativo, porém chega uma hora que findam os recursos. Então agora vai ser mais rápido. A nossa expectativa é bem positiva nesse momento", afirmou Railene Cardim, tia da vítima.>
Ela também ressaltou que o caso serve de alerta, pois a família suspeitava que Renata vivia um relacionamento abusivo.>
"Agora sim, a justiça vai ser feita. Antes tarde do que nunca", completou.>