Número de motoristas acima dos 65 anos cresce no Pará

Em 2024, motoristas com 65 anos ou mais já representam 8% das CNHs válidas no Pará, reflexo do envelhecimento ativo da população.

Publicado em 2 de outubro de 2025 às 13:02

Número de motoristas acima dos 65 anos cresce no Pará
Número de motoristas acima dos 65 anos cresce no Pará Crédito: Divulgação/Detran

O número de condutores idosos vem crescendo no trânsito paraense. Em 2024, já são 87 mil motoristas com 65 anos ou mais habilitados, o que representa 8% de todas as CNHs válidas no estado. O dado reflete uma realidade: a população está envelhecendo, mas segue ativa e independente, inclusive atrás do volante.

No último dia 1º de outubro, quando se celebrou o Dia Nacional do Idoso, ficou ainda mais evidente a importância de valorizar a autonomia dessa faixa etária. Para muitos, dirigir significa liberdade e praticidade no dia a dia.

A aposentada Maria de Fátima, 74 anos, é um exemplo. Ela decidiu tirar a primeira habilitação agora. Mora sozinha em Belém e tem uma casa em Mosqueiro, destino que sempre exige deslocamentos. “Tenho carro, mas quem dirigia era a minha filha, e ela se mudou para outro estado. Agora preciso resolver tudo a pé, de ônibus ou pagando aplicativo. Então, pensei: por que não dirigir? Me sinto jovem, com coragem e disposição pra isso”, contou.

Regras específicas para motoristas acima de 65 anos

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê algumas particularidades para quem já passou dos 65 anos. Uma delas é a isenção de taxa na renovação da CNH, um benefício garantido por lei. A validade da carteira também muda: até os 70 anos, pode chegar a cinco anos; depois dessa idade, passa a ser de três.

No processo, é necessário fazer exames médicos e, em alguns casos, avaliações psicológicas e toxicológicas. A exigência busca assegurar que os condutores estejam em condições de continuar dirigindo com segurança, tanto para si quanto para os outros.

Idosos no trânsito: independência e desafios

A presença cada vez maior de motoristas idosos no trânsito mostra como essa faixa etária se mantém ativa, mas também reforça a necessidade de atenção a questões de saúde e mobilidade. O volante, para muitos, é mais do que meio de transporte — é sinônimo de autonomia, inclusão social e qualidade de vida.