Operação apreende materiais de torcidas extintas de Remo e Paysandu em Belém

As antigas torcidas organizadas “Remoçada” e “Terror Bicolor”, oficialmente extintas por decisão judicial desde 2007, voltaram ao centro das atenções nesta semana. Isso porque a Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor (DPTGE), deflagrou a operação Fênix Fantasma para recolher materiais ligados às torcidas — como camisas, bonés, pulseiras, banners, copos e outros itens — que ainda circulavam nos bastidores dos jogos em Belém.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas sedes onde, segundo as investigações, produtos que fazem alusão às duas torcidas ainda estavam sendo vendidos e distribuídos. “Durante os jogos de Remo e Paysandu, observamos com frequência o uso de símbolos e referências às torcidas extintas. Em abordagens, torcedores afirmaram ter adquirido esses itens nas próprias sedes das organizadas”, explicou o delegado Marcos André Araújo, da DPTGE.

A venda e circulação de qualquer material que remeta às antigas torcidas está proibida por ordem da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital desde 2007, quando a Justiça determinou a dissolução formal das duas agremiações. A reincidência no uso de símbolos, nomes ou qualquer associação às torcidas extintas pode configurar crime de desobediência, previsto no Código Penal.

O nome da operação, Fênix Fantasma, não foi escolhido à toa. Ele faz alusão à tentativa de ressurgimento clandestino das torcidas, como se tentassem renascer das cinzas — apesar da dissolução judicial ainda estar em pleno vigor.

O material apreendido foi encaminhado à sede da DPTGE e será analisado. A Polícia Civil segue monitorando o cumprimento das decisões judiciais nos eventos esportivos e promete novas ações para coibir esse tipo de infração. A ideia é garantir que os estádios não sejam palco para a retomada de torcidas oficialmente banidas, e que a segurança dos torcedores seja prioridade.