Operação da Polícia Civil do Paraná prende suspeito de golpe do falso consórcio no Pará

Golpistas usavam anúncios e empresas de fachada para atrair vítimas, prometendo consórcios e compras facilitadas que nunca eram entregues.

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 14:16

Operação da Polícia Civil do Paraná prende suspeito de golpe do falso consórcio no Pará
Operação da Polícia Civil do Paraná prende suspeito de golpe do falso consórcio no Pará Crédito: Divulgação/PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) amanheceu nas ruas nesta quarta-feira (13) para cumprir mandados contra um grupo suspeito de movimentar cerca de R$ 500 milhões em um esquema de falso consórcio que se espalhou por vários estados do país. No Pará, a ação passou por Belém, Santarém, Ananindeua e Castanhal.

Em Santarém, uma prisão temporária foi cumprida — o suspeito é apontado como peça-chave da organização. Já em Belém, agentes estiveram em um escritório na avenida Oliveira Belo, no Umarizal. Em Castanhal, buscas foram feitas em casas nos bairros Cidade Nova e Imperador. Uma mulher, identificada como liderança do grupo no estado, segue foragida.

A operação acontece de forma simultânea em nove estados, com 12 prisões e 33 mandados de busca. O alvo desta terceira fase é o braço financeiro do grupo. Segundo a investigação, a quadrilha atraía vítimas pela internet, prometendo facilidades na compra de imóveis e veículos. Depois de assinar contratos e pagar valores altos, as vítimas ficavam sem os bens e sem resposta.

O esquema contava com call centers clandestinos, equipes treinadas para convencer os clientes e empresas de fachada espalhadas pelo Brasil. Em alguns casos, o grupo encerrava as atividades rapidamente, sumindo com o dinheiro e deixando rastros apenas em conversas de aplicativos e documentos falsos.

A PCPR investiga o caso desde janeiro de 2023. De lá para cá, duas fases da operação já haviam sido realizadas, com prisões no Paraná, Amazonas e Tocantins, e a identificação de um homem e uma mulher como líderes da organização.

Nesta etapa, as ações se concentraram em cidades do Amazonas, Pará, Alagoas, Sergipe, Bahia, Ceará, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.