Pará é rota de traficantes ligados ao PCC e presos em operação 'Narco Vela'

Os criminosos tinham Belém como base operacional do esquema de exportação de drogas até a Europa, de acordo com a Polícia Federal (PF).

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Talytha Reis

Repórter / [email protected]

Publicado em 2 de maio de 2025 às 10:44

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Reprodução Crédito: Redes sociais 

Os traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) usavam os rios do Estado do Pará como rota para exportar droga até a Europa. Conforme a informação divulgada, nesta sexta-feira (02), pela Polícia Federal (PF), a estratégia foi criada para driblar a fiscalização e fazer com que a cocaína chegasse até os países do continente. 

Segundo a investigação, anteriormente os alvos da PF transportavam as drogas em pequenas lanchas, que partiam do litoral Paulista rumo a veleiros em alto-mar. Em seguida, essas embarcações cruzavam o Oceano Atlântico e eram descarregadas na costa da África. 

No entanto, após sucessivas apreensões, o  núcleo da organização criminosa coordenado por Klaus de Castro Rios Motta e Silva, diretamente ligado ao empresário Marco Aurélio de Souza, o Lelinho, decidiu que era melhor pensar em rotas alternativas, tendo com base operacional Belém do Pará. O grupo é apontado como um dos principais exportadores de cocaína do país.

A descoberta do novo segmento da organização foi feita a partir de interceptação de ligações entre eles, e principalmente, após uma apreensão de 560 kg de cocaína na Ilha do Mosqueiro, em Belém, em maio do ano passado. A droga estava em uma lancha KM1, ancorada na marina Marine Park, quando foi apreendida. Desde então, as rotas começaram a ser investigadas. 

Operação Narco Vela 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã da terça-feira, 29 de abril, a Operação Narco Vela para desarticular organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, especialmente para o continente europeu e africano, com o uso de equipamentos satelitais e embarcações capazes de atravessar o oceano como barcos e veleiros.

Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 mandados de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal de Santos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina.