Publicado em 4 de setembro de 2024 às 08:33
Nas primeiras 48 horas de setembro de 2024, o Pará registrou 2.800 focos de queimadas, o maior número de ocorrências no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fumaça das queimadas afeta Belém e Região Metropolitana
Desde o início de 2024 até 2 de setembro, o Pará contabilizou 21.772 focos ativos de queimadas. As ocorrências nos primeiros dois dias de setembro representam 12,86% desse total. O mês de agosto teve o maior número de queimadas do ano, com 13.803 focos.
Áreas mais afetadas
Os municípios de Altamira, São Félix do Xingu e Novo Progresso, no sudeste e sudoeste do Pará, concentraram 63% dos focos registrados nos primeiros dias de setembro. Altamira liderou com 632 focos, seguida por São Félix do Xingu (624) e Novo Progresso (508).
Fumaça das queimadas afeta Belém e Região Metropolitana
A situação das queimadas no Pará já afeta a capital, Belém, que amanheceu coberta por uma espessa camada de fumaça nesta terça-feira, 3. Satélites da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) identificaram focos de incêndio próximos ao lixão do Aurá, na divisa entre Belém e Ananindeua. A fumaça foi percebida ainda de madrugada por motoristas que trafegavam pela BR-316, especialmente nos trechos entre Benevides e Marituba.
Além desses focos, o sistema Painel do Fogo, gerenciado pelo Censipam e Inpe, apontou queimadas em Santa Izabel do Pará e Castanhal, que também podem ter contribuído para a poluição do ar na capital.
Medidas contra queimadas
Em resposta à situação crítica, o governo do Pará decretou, em 27 de agosto, a proibição do uso de fogo por 180 dias em todo o estado. Em Novo Progresso, um homem foi autuado em flagrante por iniciar um incêndio em uma área de mata, ilustrando a urgência de ações mais rigorosas no combate às queimadas.