Paraense que se uniu ao Estado Islâmico é repatriada ao Brasil

Mulher, que chegou a cursar jornalismo na UFPA, havia "sumido" há mais de oito anos.

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 22:29

Paraense ligada ao Estado Islâmico -
Paraense ligada ao Estado Islâmico - Crédito: Reprodução

A paraense Karina Aylin Rayol Barbosa, de 28 anos, foi repatriada nesta quarta-feira (27) após quase nove anos fora do Brasil, vivendo em territórios controlados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Nascida em Belém, Karina é a única brasileira conhecida que integrou a organização extremistas e sobreviveu. Ela desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, acompanhada por diplomatas e agentes da Polícia Federal.

Antes de sumir, Karina cursava jornalismo na Universidade Federal do Pará (UFPA). Em 2016, ela alegou à família que viajaria para cumprir uma tarefa da faculdade, mas embarcou rumo ao Oriente Médio, onde se juntou ao Estado Islâmico.

Seu desaparecimento mobilizou parentes e amigos em Belém, mas só anos depois veio a confirmação de que ela estava na Síria.

Durante o processo de repatriação, Karina retornou ao Brasil com o filho de sete anos, fruto do casamento com um combatente do grupo islâmico. Assim que desembarcou, foi levada à delegacia da PF no próprio aeroporto, onde prestou depoimento por cerca de duas horas antes de ser liberada.

As autoridades ainda não informaram se haverá desdobramentos legais após o retorno de Karina ao país.