Paraenses entre 40 e 44 anos são os mais empregados no estado, aponta IBGE

O estudo mostra que o emprego no estado atinge o pico entre 40 e 44 anos, quando 63,3% dos paraenses estavam ocupados, mas o cenário muda ao observar jovens, idosos e mulheres.

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 15:40

O estudo mostra que o emprego no estado atinge o pico entre 40 e 44 anos, quando 63,3% dos paraenses estavam ocupados, mas o cenário muda ao observar jovens, idosos e mulheres.
O estudo mostra que o emprego no estado atinge o pico entre 40 e 44 anos, quando 63,3% dos paraenses estavam ocupados, mas o cenário muda ao observar jovens, idosos e mulheres. Crédito: Agência Pará

O mercado de trabalho no Pará reflete uma mistura de crescimento pontual e desigualdade persistente, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE. O estudo mostra que o emprego no estado atinge o pico entre 40 e 44 anos, quando 63,3% dos paraenses estavam ocupados, mas o cenário muda ao observar jovens, idosos e mulheres.

Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, apenas 10,1% tinham alguma ocupação, enquanto entre os idosos (65 anos ou mais) o índice foi de 15,1%. Mesmo nas faixas etárias mais ativas, a desigualdade de gênero segue evidente: 76,3% dos homens entre 40 e 44 anos estavam empregados, contra apenas 50,4% das mulheres.

Trabalho concentrado e desigual

As atividades mais comuns entre os paraenses continuam sendo o comércio e reparação de veículos (18,2%), agropecuária, pesca e aquicultura (14,2%), construção (8,4%), educação (6,4%) e indústria de transformação (6,3%). Juntas, essas áreas reúnem mais da metade da força de trabalho do estado.

O estudo também revela uma divisão por gênero nas profissões: as mulheres predominam nos serviços domésticos (89,1%), saúde (71,6%) e educação (68,3%), enquanto os homens dominam setores como construção civil (97,7%), transporte (94,9%) e indústrias extrativas (85,4%).

Diferenças entre municípios

Entre as cidades com maior nível de ocupação estão Canaã dos Carajás (60,5%), Xinguara (59,4%) e Redenção (58,5%). Na outra ponta, Baião (26,5%), Cachoeira do Arari (27,5%) e Marapanim (27,7%) estão entre os piores índices. Apenas 27 municípios paraenses têm mais da metade da população com 14 anos ou mais empregada.

Baixa renda e desigualdade persistente

O rendimento médio mensal no Pará foi de R$ 2.066,32, valor 27% abaixo da média nacional (R$ 2.850,64). A capital Belém lidera a renda estadual com R$ 2.986,88, seguida por Canaã dos Carajás (R$ 2.739,62) e Parauapebas (R$ 2.733,19).

Já municípios como Garrafão do Norte (R$ 958,94) e Prainha (R$ 959,19) figuram entre os menores rendimentos. Em 69 cidades paraenses, a renda média não chega a um salário mínimo.

A diferença de gênero e raça também pesa: os homens ganham R$ 2.149,00 em média