Publicado em 15 de julho de 2025 às 11:19
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação Sinecura para desmontar um esquema de fraude envolvendo profissionais de saúde que recebiam sem trabalhar em plantões hospitalares em Macapá, no Amapá. Entre os alvos da operação estão médicos que vivem no Pará, mas constavam regularmente nas escalas de plantão do hospital amapaense, mesmo sem comparecer ao local.>
A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público do Amapá. Os envolvidos poderão responder por peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.
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Segundo as investigações, o esquema teria começado em abril de 2022. Médicos contratados para atuar em regime de plantão estavam, na verdade, viajando ao exterior, morando em outros estados ou exercendo outras atividades enquanto recebiam pelo serviço público.>
No Pará, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um em Belém e outro em Ananindeua. Em Belém, os agentes apreenderam R$ 84 mil em dinheiro vivo na casa de uma das investigadas. A profissional teria feito apenas uma viagem a Macapá desde 2022, embora estivesse frequentemente escalada para plantões noturnos no hospital da capital amapaense. Em um dos casos, ela embarcou em Belém às 13h50, chegou a Macapá no início da tarde e voltou no mesmo dia às 18h10, o que inviabiliza o cumprimento de um plantão completo.>
Outro investigado, que reside em Santa Catarina desde agosto de 2022, teria ido a Macapá apenas uma vez, mas continua constando nas escalas hospitalares até hoje. Ao todo, foram cumpridos seis mandados: dois no Amapá, dois no Pará e dois em cidades de Santa Catarina, em Concórdia e São José. >
A PF também identificou que, em algumas datas em que os profissionais deveriam estar de plantão, há registros de viagens internacionais, como uma ida ao Chile.>
Com informações do Metrópoles >